O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, 30 de janeiro, abordou as listas da CDU para as eleições europeias, o veto anunciado do Presidente da República na nova lei de bases da saúde e por fim teceu considerações sobre a necessária retoma dos CTT por parte do governo.
Abordando as listas que a CDU apresentou para as próximas eleições europeias, João Oliveira diz que “temos confiança, não só no João Ferreira, mas também no resultado que a CDU pode obter pelo reconhecimento do trabalho que temos feito”. “O João Ferreira é uma pessoa reconhecida em todo lado pelo trabalho desenvolvido, pela forma como se tem batido na defesa dos interesses dos cidadãos”.
João Oliveira defende ainda “a necessidade de defendermos a nossa soberania, continua a ser a grande linha de força”, “o orçamento de estado decidiu a redução do preço da eletricidade por via da redução do IVA, parece que a decisão está encrencada pela falta de autorização por parte do Comité do IVA da União Europeia. Isto é um exemplo daquilo que representa a nossa perda de soberania”.
O deputado deixa um aviso, dizendo que “a história recente mostra-nos que os países que defendem a sua soberania têm mais possibilidades de sucesso”.
No que respeito ao veto anunciado do Presidente da República, sobre a nova lei de bases da saúde, João Oliveira diz que “se o presidente da república em 1990 tivesse seguido o mesmo critério, tinha evitado uma alteração negativa na lei de bases da saúde. O que esta decisão vem anunciar, é que está tudo nas mãos do PSD (…) o que significa que a nova lei de bases vai ser feita de acordo com as ideias do PSD, o que é profundamente negativo uma vez que todas as propostas do PSD vão no sentido da privatização da saúde”.
Sobre a possível retoma do controlo dos CTT pelo estado, João Oliveira diz que “o PCP já entregou o projeto de retoma do controlo público dos CTT faz duas semanas, o Bloco de Esquerda veio atrás do PCP. O essencial é convencer outros, nomeadamente o PS, para que o problema com os correios se possa resolver de uma vez por todas”. “Se o governo ficar parado até 2020, o que vai acontecer é que ficamos sem correspondência, sem empresa que possa fazer a correspondência, ficamos nas mãos de empresas privadas que irão cobrar ao estado aquilo que bem entenderem”.