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Nova produção da Companhia de Dança Contemporânea do Alentejo nasceu em período de pandemia

e cultura

A Companhia de Dança Contemporânea do Alentejo (CADAC) estreia amanhã, dia 5, em Aljustrel, a sua mais recente produção. Com direção e dramaturgia da coreógrafa cubana Marianela Boán, “Pausa Forçada” foi concebida durante o período de distanciamento social em resposta à pandemia.

“Vontade de abraçar, dançar, beijar, e não poder. Querer seguir, sair, mexer e não conseguir. Colocamos o mundo em pausa com todos nós dentro. Pausas forçadas que nos fazem viver a mesma coisa repetidamente sem perceber”, refere a coreógrafa.

Em palco, quatro personagens “tentam mobilizar as suas vidas forçadas a pausar, usando todos os recursos possíveis para retomar os rituais e afetos interrompidos”. Bancos de bar e malas transformam seus corpos, seus movimentos e a geografia do espaço.

Coreógrafa internacionalmente reconhecida e considerada uma das mais importantes artistas da dança contemporânea de Cuba e do espaço ibero-americano, Marianela Boán já trabalhou, como coreógrafa, bailarina e professora, em mais de 40 países, tendo fundado e dirigido, até 2020, a Companhia Nacional de Dança Contemporânea da República Dominicana. Atualmente é diretora artística da CADAC.

Marcada para as 21h30 no Cine Oriental, a estreia ocorre no âmbito do Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA), que começa amanhã e se prolonga até ao próximo dia 14 de maio. Mas resulta igualmente da instalação em Aljustrel da CADAC e da companhia Lendias d’Encantar, que aqui estão a desenvolver um polo de criação artística aberto ao mundo, em particular aos países da América Latina, acolhendo atualmente, em residência, artistas da Argentina, Brasil, Cuba, Espanha e República Dominicana.

“Pausa Forçada” tem direção técnica de Ivan Castro, cenografia e figurinos de Ana Rodrigues e Elsa Morgadinho e coreografia da própria Marianela Boán com a colaboração dos bailarinos Laura Ríos, Mariela Tolentino, Abel Rojo e Wilmer Minyety. A música é da Paisagem Sonora.

Depois da estreia em Aljustrel, e no âmbito do FITA, estão agendadas novas apresentações no Auditório Municipal António Chainho (dia 6 de maio), em Santiago do Cacém, no Centro Cultural de Campo Maior (dia 7), no Teatro Municipal Pax Julia (dia 9), em Beja, e no Cine Teatro de Viana do Alentejo (dia 14).

Fonte: Nota de Imprensa

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