O novo Hospital Central do Alentejo, considerada como obra estruturante para a região, continua a ser uma das prioridades para o Município de Évora.
À margem da inauguração da Feira do Livro que decorre nesta cidade alentejana até ao próximo dia 21, a Rádio campanário falou com o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Dr. Carlos Pinto de Sá, sobre a questão das expropriações no âmbito das acessibilidades a este novo hospital.
Recorde-se que a este propósito, em dezembro de 2023, o Governo informou a Câmara Municipal que, com base num parecer jurídico, deveria ser esta entidade a assumir a responsabilidade pelo processo de expropriações, facto que apanhou o Município de surpresa uma vez que essa competência tinha sido anteriormente assumida pela tutela e delegada posteriormente por esta à Administração Regional de Saúde do Alentejo(ARS).
O Edil eborense, sobre este tema, adiantou-nos “esta questão das acessibilidades não está arrumada porque passaram para nós esta questão das expropriações , matéria que estava no âmbito de um protocolo assinado com o governo à sua responsabilidade; ainda assim, nós para não atrasarmos o processo aceitámos essa situação e estamos a tratar dessa questão mas temos que ter naturalmente os terrenos e as verbas suficientes para podermos depois lançar a obra.”
Questionado pela Rádio Campanário se o trabalho das expropriações não estava já feito pela ARS , importando num valor de meio milhão de euros, Carlos Pinto de Sá salientou “a ARS desenvolveu o trabalho para as expropriações só que aparentemente foi informada que não as podia fazer e passou à Câmara essa responsabilidade.”
“O importante é garantir que a obra avance” adiantou ainda o Presidente da Autarquia esclarecendo que “o envelope financeiro para estas expropriações ainda não chegou e não temos sequer ideia de quando é que pode chegar até porque o protocolo inicial não foi alterado.”
Recorde-se que a construção dos acessos e infraestruturas do futuro Hospital Central do Alentejo, foi assumida pela câmara municipal com financiamento comunitário e do Orçamento do Estado, numa solução acordada em Maio de 2023 entre a Autarquia , o Ministério da Saúde e o Ministério da Coesão Territorial, um processo que está agora pendente da questão das expropriações.
O futuro Hospital Central do Alentejo vai servir 150 mil habitantes no Distrito de Évora e cerca de 440 mil em todo o Alentejo, em articulação com os hospitais de Beja, Portalegre, Elvas e Litoral Alentejano. Com mais de 30 especialidades e as mais recentes tecnologias de diagnóstico e tratamento, o Hospital Central do Alentejo vai dispor de 457 camas de internamento, 11 salas operatórias e 43 postos de recobro.
A sua conclusão está prevista para o final de 2024. A obra, há muito desejada na região, envolve um investimento superior a 200 milhões de euros.