A Ordem dos Nutricionistas congratula-se com a abertura do concurso para a integração de nutricionistas no Ministério da Educação, medida que foi aprovada no Orçamento do Estado para 2020, após anos de luta. A propósito, a bastonária, Alexandra Bento, relembra que a criação do nutricionista escolar, enquanto responsável pela implementação e aplicação de uma política alimentar escolar estruturada e sustentável, já tinha sido recomendada ao Governo em Resolução da Assembleia da República em 2012.
“Este é um concurso que há muito ansiávamos ver aberto, uma vez que, é premente intervir no sistema alimentar escolar. Portugal necessita de uma nova ambição para a intervenção na alimentação escolar e a presença dos nutricionistas nas escolas, profissionais com conhecimento que os habilita a tratar o tema com a profundidade que ele merece, dará um contributo essencial”, explica a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, que afirma também que “a integração destes profissionais no Ministério da Educação vai ter impacto na vida e na saúde das nossas crianças, melhorando o ambiente alimentar na escola e capacitando as crianças para escolhas saudáveis.”
Estes nutricionistas, que vão integrar o Ministério da Educação, terão a seu cargo monitorizar e acompanhar a alimentação nas escolas, bem como promover a literacia alimentar e bons hábitos em contexto escolar, em articulação com todos os atores envolvidos na alimentar escolar. “Será de grande importância o trabalho destes nutricionistas que atuarão em perfeita articulação com os nutricionistas das autarquias, das empresas de restauração coletiva e do Serviço Nacional de Saúde”, reforça Alexandra Bento, acrescentando que “os nutricionistas trabalharão também em profunda ligação com toda a comunidade escolar – alunos, diretores, professores, pais e auxiliares – porque só assim será possível obter os ganhos almejados”.
O concurso que agora avança está em linha com a estratégia governamental de promoção de uma alimentação saudável que, em agosto de 2021, restringiu a disponibilização de produtos alimentares prejudiciais à saúde em bufetes e máquinas de venda automática nas escolas.
“É nos mais jovens que devemos concentrar os nossos esforços de promoção de um estilo de vida saudável e a escola é o local privilegiado para a modulação de comportamentos alimentares. A par das medidas da alteração da oferta alimentar urge uma estratégia assente na promoção da saúde, de implementação a longo prazo, para que seja possível a alteração efetiva dos comportamentos alimentares, essencial para que consigamos ganhos em saúde significativos”, conclui Alexandra Bento.
“Esta é uma das mais importantes ações implementadas no nosso País, nos últimos anos, para promover a saúde dos portugueses. A prazo os seus resultados terão enorme impacto positivo”, finaliza a bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
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