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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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O Aeroporto de Beja não é apenas um sonho dos alentejanos; é a porta grande para o futuro do Alentejo.

A Base Aérea 11 (BA11) de Beja, uma infraestrutura de dimensões extraordinárias, é, em termos de área, a maior da Europa e uma das maiores do mundo. Construída pelos alemães na década de 60, a BA11 foi concebida com um propósito claro e estratégico. A pista de Beja é uma das poucas no mundo capaz de receber o imponente Airbus A380, a maior aeronave comercial em operação. Esta característica coloca Beja num patamar de excelência que não pode ser ignorado.

Beja está estrategicamente localizada a apenas 1h30 de Lisboa e a 1h30 do Algarve. Esta posição geográfica torna o aeroporto de Beja um ponto de apoio ideal para os dois maiores polos turísticos do sul do país. Num cenário em que os aeroportos da capital estão cada vez mais saturados, aproveitar o potencial do aeroporto de Beja não é apenas uma oportunidade; é uma necessidade urgente para aliviar a pressão sobre Lisboa e oferecer alternativas eficientes aos viajantes.

O Alentejo, uma região rica em recursos e ainda subaproveitada, poderia beneficiar imensamente de um aeroporto totalmente operacional em Beja. A ativação do aeroporto impulsionaria o desenvolvimento económico e social da região, atraindo turistas, investidores e gerando empregos. O Alentejo tem muito a oferecer: desde a sua rica gastronomia e vinhos de excelência, até às paisagens deslumbrantes e ao património cultural e histórico. Um aeroporto ativo em Beja seria a porta de entrada para que o mundo descobrisse todas estas riquezas.

É agora ou nunca que o Alentejo cresce acima dos dois dígitos neste setor. É uma das regiões do país com indicadores de crescimento turístico “mais consolidados e relevantes”. O aeroporto de Beja poderia ser o catalisador que permitiria à região capitalizar sobre este momento de crescimento, consolidando-se ainda mais, como um destino turístico de referência.

Além disso, utilizar o aeroporto de Beja permitiria uma distribuição mais equilibrada do turismo em Portugal. Isso ajudaria a aliviar a pressão sobre destinos já saturados, como Lisboa e o Algarve, e promoveria o crescimento sustentável do Alentejo. A região tem capacidade para acolher um número crescente de visitantes, o que poderia ser feito de forma harmoniosa, preservando a autenticidade e a qualidade de vida local.

O investimento nas acessibilidades e na promoção do aeroporto de Beja deve ser uma prioridade para os decisores políticos e para todos os que se preocupam com o desenvolvimento do Alentejo. Esta não é apenas uma ambição regional; é uma oportunidade real de criar um impacto positivo e duradouro na economia tanto regional quanto nacional. Ignorar este potencial seria, no mínimo, uma miopia estratégica que Portugal não pode permitir.

O aeroporto de Beja está pronto e à espera de ser aproveitado. Cabe agora aos responsáveis, reconhecerem a sua importância e agirem em conformidade. Desbloquear o potencial deste aeroporto beneficiará não apenas o Alentejo, mas todo o País.

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