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“O Alentejo não pode sofrer só os prejuízos da passagem das mercadorias de Sines para Espanha”, diz João Oliveira (c/som)

O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, 23 de maio, começou por falar sobre as propostas do PCP para a linha ferroviária de ligação entre o Porto de Sines e Elvas, para depois comentar a recusa das escolas em implementar os novos programas escolares, terminando esta revista de imprensa com as alterações à lei das rendas.

Sobre a propostas apresentadas hoje pelo PCP, para serem discutidas na Assembleia da República, João Oliveira explicou que a intenção do Partido Comunista é que “não seja o investimento aproveitado só para o transporte de mercadorias, para que possa ser também aproveitado para o transporte de passageiros”, que possibilite aos concelhos alentejano da raia terem “uma ligação ferroviária, não apenas a Évora, mas a Lisboa ou a Madrid”.

Por outro lado, o PCP propõe ainda “que sejam encontradas as soluções técnicas mais adequadas, para se fazerem três paragens de cargas e descargas das mercadorias”, nomeadamente em “Vendas Novas, Évora e Alandroal”. Ao mesmo tempo, João Oliveira defende que “o investimento que vai ser feito” nesta linha “não deixe de ser acompanhado do investimento que pode ser feito na restante rede ferroviária na região, no Alentejo”, dando o exemplo da zona de Mora e da produção de tomate aí existente, “que até ao Porto de Lisboa e ao Porto de Setúbal vai de camião, porque não tem comboios”, dando como exemplos as obras a serem desenvolvidas em Alandroal ou Pardais (Vila Viçosa).

Já no que diz respeito à posição da Câmara Municipal de Évora, que defende uma quarta opção para o trajeto de ligação entre Évora e Évora-Norte, o deputado da CDU diz que “o investimento e o desenvolvimento do transporte ferroviário, não podem significar um prejuízo irreparável numa cidade”.

Contudo, João Oliveira garante que “o Governo tem todas as condições para dar andamento a este processo ainda em 2018” e que “tudo isto se pode encaixar de uma forma dinâmica e articulada, de maneira a que nada se atrase”, sublinhando que “o Alentejo não pode sofrer só os prejuízos da passagem das mercadorias de Sines para Espanha”.

No que diz respeito ao chumbo do Conselho das Escolas dos novos currículos do secundário e do básico, o deputado confessa que se sente “dividido”. Pois, se por um lado “não está de acordo com a perspetiva que o Governo está a adotar” ao “transformar em obrigatório, aquilo que é hoje um regime” que a maioria das escolas “não quis”. Por outro lado, “a escola só é democrática se se ensinar da mesma forma os filhos dos ricos e os filhos dos pobres, as crianças do litoral e as crianças do interior, as crianças dos grandes centros urbanos e as crianças das aldeias”.

Ainda sobre a alteração proposta pelo PS à lei do arrendamento, com o intuito de suspender despejos já em curso, o parlamentar comunista diz que o “o PCP votará a favor” ao mesmo tempo que “apresentámos nós próprios também uma outra proposta para que essa solução não seja aplicada apenas à habitação”, mas também “ao arrendamento não habitacional, nomeadamente ao comércio”.

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