José Palma Rita, Vice-presidente da Comissão Política Distrital de Évora do PSD, no seu comentário desta segunda-feira, dia 18 de julho, falou sobre a Turquia e em que a Europa não dá cheque em branco a Erdogan, o atentado em Nice, a nova equipa da Caixa Geral de Depósitos, o crescimento da dívida para o dobro na economia, atingindo o endividamento mais 6,2 mil milhões, e o facto de o Primeiro-ministro pedir ideias para o Orçamento do Estado para 2017, pretendendo reduzir a distância entre regiões do país e tendo como objetivo criar o primeiro Orçamento Participativo Nacional.
Sobre o atentado em Nice e a Turquia, Palma Rita expressa que “poderão ser problemas diferentes porque algumas dúvidas, não sabemos se fundadas ou não, sobre a veracidade do golpe na Turquia, porque pode ser uma tentativa de Erdogan poder reforçar os seus poderes de poder reestruturar a pena de morte que tinha sido abolida e ver reforçada a sua influência e acabar com a contestação ao seu regime. No caso de França é mais complicado, tal como é o caso dos Estados Unidos, mas este põe em causa a Europa toda e começa a dar espaço aquilo que são as opções mais radicais para se afirmarem e a exigirem também algum reforço das políticas de proteção da segurança e que leva claramente aquilo que é o problema fundamental da França com as comunidades emigrantes e com os guetos que criou no próprio sistema urbano, naquilo que são as periferias de Paris e naquilo que foi a ascensão da segunda geração de uma classe de emigrantes que trabalhou nas fábricas durante muitos anos e foi constituindo os seus guetos e acabou por não conseguir fazer uma integração, nem impedir que eles constituíssem comunidades paralelas, independentes e com culturas próprias (…)”.
Relativamente à nova equipa da Caixa Geral de Depósitos, Palma Rita diz que “a novela ainda está longe de terminar, eu acho que há muitas ações deste Governo que são novelas completas e uma delas é aquela garantia que dão à União Europeia e à Comunidade Europeia, em concreto, em que a folga que existe no orçamento deste ano é suficiente para travar a derrapagem do défice, que existe um conjunto de cativações dos orçamentos que são suficientes (…) basta olhar para os números de hoje e ver que a dívida pública cresceu em seis meses, seis mil milhões de euros e está num valor que os socialistas bradavam aos céus contra o Governo anterior, cada vez que a dívida pública aumentava (…)”.
Sobre o facto de o Primeiro-ministro pedir ideias para o Orçamento do Estado para 2017, pretendendo reduzir a distância entre regiões do país e tendo como objetivo criar o primeiro Orçamento Participativo Nacional, destaca que “isto é uma tentativa de democratizar uma parte do orçamento em áreas especificas, neste caso a cultura, a agricultura (…) tal como tinha sido feito na Câmara de Lisboa, mas numa câmara municipal porque numa autarquia é mais fácil levar a população (…) a proporem soluções (…)”.