Os meses de verão, de um modo geral, são aqueles que representam um maior perigo para a ocorrência de incêndios.
Ontem, dia 19 de agosto, pelas 11h, decorreu no Posto de Turismo de Estremoz, a inauguração da exposição “Os Bombeiros aos Olhos dos Barristas de Estremoz”, em que vários artesãos estremocences foram desafiados a criar peças alusivas aos bombeiros para comemorar o 90º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Estremoz.
De entre as várias entidades que marcaram presença na inauguração da exposição, uma delas foi Paulo Alves, presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Évora que, à margem do evento, em declarações à Rádio Campanário, fez um balanço dos meses de verão, que representam um maior perigo para a ocorrência de incêndios, nomeadamente no que diz respeito ao distrito de Évora.
Paulo Alves começou por referir que “estamos a meio da ‘época de incêndios’, o balanço tem sido positivo, os bombeiros têm correspondido àquilo que lhes é solicitado, tem havido alguns incêndios de maior dimensão, embora não sejam muitos, mas o balanço tem sido positivo”.
Questionado quanto às corporações do distrito de Évora que foram mobilizadas para o grande incêndio que ocorreu que ocorreu no Alentejo, nomeadamente no concelho de Odemira, há pouco mais de uma semana, o presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Évora referiu que “falamos de um incêndio de características muito definidas, que já são conhecidas, falamos de uma zona que, todos os anos, é fustigada por incêndios florestais, que os bombeiros conhecem perfeitamente, mas que por vezes, derivado a condições meteorológicas, não é possível realizarem o seu trabalho com 100% de eficácia, foi um um incêndio que envolveu várias corporações de bombeiros do país, nomeadamente do Alentejo. No incêndio de Odemira tivemos cerca de 30 bombeiros e 19 veículos e, espero que continue a correr tudo bem e que os bombeiros continuem a desenvolver o trabalho que têm feito até agora”.
No que toca a ocorrências, o ano de 2023 não tem sido aquele em que se tem registado mais incêndios no distrito de Évora. Questionado sobre esse assunto e sobre se isso é reflexo da informação que as autoridades e os bombeiros transmitem às populações, Paulo Alves referiu que “foi feita uma grande aposta por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil em informar os cidadãos para que estes sejam ativos nestas situações e isso tem se verificado nos teatros de operações, em que, quando acontecem determinadas situações, as pessoas já estão mais precavidas e também têm maior conhecimento sobre o que devem fazer, o que facilita muito o trabalho dos bombeiros e também das autoridades”.