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O Cabaz do Hortelão de Évora fez 11 anos…

Há onze anos, um grupo de pequenos produtores familiares lançou em Évora o Cabaz do Hortelão, no quadro do projecto nacional PROVE que mantém presentemente cerca de cem núcleos independentes activos de Norte a Sul do País, e beneficiou da experiência vivida noutros países e particularmente em França, onde esta prática de venda directa de cabazes pelos produtores aos consumidores se implantou há cerca de quarenta anos.

O Cabaz do Hortelão de Évora é um dos projectos que materializa, há já onze anos, o conceito dos circuitos curtos de comercialização de produtos hortofrutícolas, levando directamente do produtor ao consumidor um conjunto de produtos locais de época em cabazes que permitem aos utilizadores obter hortofrutícolas acabados de colher, com respeito pela biodiversidade e pela saúde, sem armazenamentos nem transportes significativos, a preços justos para produtores e consumidores, e com uma variedade que dá resposta às necessidades familiares de uma ou duas semanas de uma dieta rica em vegetais.

Em 23 de Setembro de 2011 o núcleo PROVE de Évora colocou pela primeira vez na rua o seu Cabaz do Hortelão, que foi entregue a oito consumidores no Parque das Merendas do Jardim Público de Évora. Onze anos volvidos já foram distribuídos mais de 570 entregas semanais de cabazes aos consumidores, correspondendo a mais de 22.000 cabazes vendidos e a mais de 110 toneladas de hortofrutícolas de época (e a mais de 100 receitas), abrindo simultaneamente as suas explorações à visita dos consumidores e valorizando a produção e a tradição gastronómica locais. Estes são números que atestam claramente a implantação do Cabaz do Hortelão de Évora, sobretudo se tivermos presentes as características do território envolvente (e.g. baixa densidade populacional, número e perfil de produtores e das produções), um projecto que conta com o apoio do convivium Alentejo do Slow Food (movimento internacional criador do conceito Km 0).

E onze anos após este arranque, o Núcleo PROVE de Évora quer continuar a desenvolver este circuito de venda directa aos consumidores, dando o seu modesto contributo para a segurança alimentar do território, e pretende alargar esta experiência de cooperação e associativismo informal a outras actividades de fornecimento de hortofrutícolas (e outros produtos locais) produzidos em horticultura tradicional e em modo de produção biológico.

Mas este projecto não diz unicamente respeito aos agricultores: os consumidores são o outro elemento estrutural desta parceria, essenciais para que se consumam os bons produtos locais da agricultura familiar deste território.

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