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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“ O calor antecipou a vindima, houve menos produção mas a qualidade continua a ser muito boa” diz Tomaz Lima Mayer(c/som)

Em entrevista à RC, o proprietário dos Vinhos Lima Mayer, Thomaz de Lima Mayer, referiu que as “características pouco comuns” do verão de 2022, que anteciparam o início e o fim da vindima, foram, de alguma forma, controladas pela sua boa equipa de viticultores e enólogos. Registaram-se menores produções em algumas castas, mais sensíveis à seca, com repercussões na quantidade da uva obtida, mas não na sua qualidade, que considera ser muito boa.

Quanto aos apoios solicitados pelos vitivinicultores portugueses, junto do governo, para combater os efeitos da seca e da subida de preços, Thomaz de Lima Mayer manifestou a sua concordância, chamando a atenção para o difícil contexto que se tem vivido (e.g. seca, energia, produtividade, mão-de-obra, adubos, mercados) e para a dificuldade na sua obtenção, sobretudo por considerar que a agricultura é amiúde esquecida.
Sobre a premência de aumento do preço do vinho, face ao aumento dos custos de produção, Thomaz de Lima Mayer salienta que os mercados é que definem os preços, pelo que a subida do preço de venda do vinho é lenta, faseado, não repercutindo de uma vez só a subida dos custos, ao contrário do que sucede com outros produtos alimentares. Salientou que uma das formas de defesa face ao comportamento do mercado é a constante aposta na qualidade e numa relação preço-qualidade muito boa, notando que em Espanha os vinhos conseguem ser 30 a 40 % mais caros que deste lado da fronteira, discrepância que lentamente se tenta corrigir.

Questionado sobre a possível escassez de vinhos Lima Mayer face à procura, referiu que a procura e a oferta se encontram equilibradas, preocupação sempre presente na empresa, e que em determinadas referências do seu catálogo não é possível, apesar da procura, incrementar a produção dadas as caraterísticas das mesmas.
Por fim, mencionou o facto de alguns mercados, tão importantes para os vinhos portugueses, como a China e África (nomeadamente Angola), se terem reduzido de forma assinalável, criando problemas acrescidos aos vinhos da empresa e aos restantes.

 

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