A secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão definiu assim o novo “UNITATE Campus”, que esta sexta-feira foi inaugurado em Borba: “É uma instituição que vai fazer a diferença. Tem um espaço que vai permitir a intergeracionalidade, o convívio entre idosos, o combate à solidão”.
Sublinhou Clara Marques Mendes estar aqui um exemplo de uma instituição voltada para o setor social “e para aquilo que o setor mais precisa, que é estar unido, articulado e ter as pessoas motivadas para trabalharem neste setor e, cada vez mais, se qualificarem”, enfatizou a governante.
Declarações proferidas aos jornalistas após Clara Marques Mendes ter visitado aquele que é o primeiro campus no mundo dedicado “exclusivamente” à inovação no setor social, apresentando-se como um “marco para o futuro das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e da Economia Social em Portugal”.
E se tem trabalho pela frente. Clara Marques Mendes dá o exemplo da formação que é preciso fazer chegar a quem trabalha com utentes que sofrem de algum tipo de demência. Sejam cuidados formais ou informais. “Cada vez mais temos que apostar nessa formação porque eles hoje em dia fazem um trabalho que já exige um conhecimento que não se exigia há uns anos”, assumiu a secretária de Estado.
Já Tiago Abalroado, presidente do Conselho de Administração da Fundação UNITATE, explicou o que vem por aí à boleia do novo equipamento. “Estamos a falar de um espaço enorme”, constatou, admitindo ter pela frente o desafio de conseguir pôr o edifício a funcionar com as valências para que foi planeado, ao serviço das IPSS da região.
“Depois, todos os projetos devem convergir para um bem maior, que é apoiar as instituições e as pessoas que estas organizações apoiam”, referiu, destacando como o Centro de Congressos – “batizado” com o nome de KGSA – já começou a acolher iniciativas. Para o futuro outros projetos virão gradualmente, com uma aposta assumida nas “respostas sociais escola”, já aprovadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Trata-se de uma creche e uma habitação colaborativa, mas Tiago Abalroado admite que ainda aguarda pelo desfecho relativamente ao serviço de apoio domiciliário. “São respostas para apoiar pessoas e as comunidades da nossa região. Servirão para formar novos profissionais de outras IPSS de outros pontos do país nas áreas da infância e do envelhecimento”, resumiu o mesmo responsável.