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“O Cante Alentejano está vivo, em quem o sente, vive, admira. O Imaterial permite projetar o seu futuro” diz Paulo Ribeiro(c/som)

 

O Festival Imaterial, organizado pela Câmara Municipal de Évora e a Fundação Inatel, une povos, gerações e culturas de todo o mundo.

Este festival, através da música, das conferências, do cinema, e dos olhares sobre a tradição que daí resultam, leva-nos ao encontro de novas formas de nos pensarmos como coletivo.

De 19 a 27 de maio, o Património Imaterial será novamente pensado e homenageado em Évora, nas suas várias formas. Durante estes dias e com acesso gratuito, Évora cujo centro histórico é Património da Humanidade, proporcionará um inigualável encontro de culturas.A música como partilha coletiva.

O programa musical conta com artistas de várias gerações, e o encerramento estará a cargo de O encerramento será em português comOs Ganhões de Castro Verde & Paulo Ribeiro.

Paulo Ribeiro marcou presença na apresentação deste Festival e em declarações aos jornalistas referiu “podem brotar daqui novas raízes e plantas do Cante Alentejano mas partimos desse chão que é o cante, a sua ancestralidade, mas reinventando a sua tradição.”

No dia 27 de Maio, às 22:30, “Os Ganhões de Castro Verde” & Paulo Ribeiro” sobem ao palco do teatro Garcia Resende, no âmbito do Festival Imaterial, para apresentação do espectáculo “O cante não cai do céu”, juntando às modas do cancioneiro tradicional um conjunto de novas composições com autoria do ex-líder dos Anonimato. São temas trabalhados por Paulo Ribeiro a partir de poemas de Manuel da Fonseca, João Monge, Tiago Rodrigues ou Patrícia Portela, numa perspectiva de renovação do reportório do cante, trazendo novos olhares sobre uma música que é Património Cultural e Imaterial da Humanidade. Para que o cante não se esqueça de crescer para fora – e não para dentro”

Paulo Ribeiro, a propósito deste espetáculo refere “o que vamos tentar fazer é precisamente através de novas composições para o Cante Alentejano, de alguma forma reatualizar o cante e isso só se faz com as pessoas.”

Este espetáculo brota do ser humano que é algo insubstituível pelas máquinas ou outro tipo de tecnologias” acrescenta ainda Paulo Ribeiro.

Na sua opinião esta experiências que são feitas com o Cante “são muito bem vindas para o cante, pois o cante está numa fase crucial depois de ter sido classificado pela Unesco em 2014, assistimos a uma espécie de boom mas que depois se foi desvanecendo.”

Para Paulo Ribeiro esta revitalização do cante que o festival Imaterial permite “será uma grande ajuda para que o cante se possa revitalizar, discutir e projetar no futuro.”

Questionado pela Rádio Campanário se na sua opinião após a classificação do cante houve a necessidade de uma nova visão sobre o Cante Alentejano, sem perder de vista a identidade cultural que lhe está associada, Paulo Ribeiro salientou “o que aconteceu depois da sua classificação, o cante começou a seu um pouco formatado, normalizado e os Grupos começaram a cantar as mesmas modas.”

Considera o cantor que “a grande riqueza do Cante é a sua diversidade e em determinada altura parece que essa riqueza se está a perder e é necessário discutir esta temática.”

O C

ante está bem vivo, em cada pessoa que o sente, que o vive, que o admira” conclui Paulo Ribeiro.

 

 

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