O Centro de Apoio a Deficientes Luís da Silva, da União das Misericórdias, localizado no concelho de Borba, comemora hoje o seu 9º aniversário.
A data foi assinalada na Instituição numa pequena festa onde estiveram presentes o diretor do Centro Luís da Silva, Aurelino Ramalho, Elsa Rocha em representação do Diretor distrital da Segurança Social, o médico da instituição Jorge Rosa, o Capelão Alessandro Cont, representantes do IEFP assim como funcionários e alguns utentes.
O Centro Luís da Silva é o terceiro equipamento da UMP dedicado ao apoio de pessoas com deficiência profunda e veio colmatar, na altura uma lacuna existente na prestação de serviços, nesta região.
A Rádio Campanário esteve hoje presente no centro Luís da Silva e falou com o seu Direto Aurelino Ramalho que começou por referir “parece que foi ontem que começámos” acrescentando “isto foi um trabalho magnífico , digno de ser visto e apoiado por todos nós.”
Tendo as Misericórdias Portuguesas como Missão “tratar das pessoas”, esse foi também o foco do Centro Luís da Silva quando foi inaugurado, uma nobre missão que se mantém aos dias de hoje e há-de perdurar no tempo.
O direto do Centro não deixa contudo de realçar que trabalhar nesta área da prestação de cuidados a pessoas portadoras de deficiência “não é fácil” .
Refere ainda que o centro Luís da Silva foi “uma criança feita no meio de nada , no meio de uma herdade, longe da vista , longe das pessoas, mas com um trabalho magnífico.”
Orgulhoso do caminho percorrido até aqui, nove anos, salienta “é dignificante para qualquer pessoa vir ao centro Luís da Silva porque vê serem tratadas pessoas que, só são diferentes de nós, fruto daquilo que lhes aconteceu mas que merecem o apoio, o carinho e a nossa disponibilidade.”
O centro está neste momento com a sua capacidade máxima, e funciona com cerca de 82 colaboradores que, diariamente, ali dão o seu melhor. A instituição considera que nesta Instituição “somos uma Família”.
Pessoalmente, refere, “sinto-me realizado pelo centro Luís da Silva.”
No que diz respeito à maior dificuldade que o Centro tem atualmente, o Diretor refere “são os recursos humanos porque não conseguimos contratar pessoas porque estes utentes não podem ser tratados por máquinas, eles precisam do calor humano.”
A União das Misericórdias tem três centros com esta valência e houve sempre uma preocupação em que esta valência existisse em todo o País e como refere Aurelino Ramalho “em boa hora se fez no coração do Alentejo o Centro de Deficientes Luís da Silva.”
Estas casas têm que obrigatoriamente ser apoiadas , e muitas vezes não necessita de o ser financeiramente pelo que Aurelino Ramalho sublinha “basta muitas vezes que cada um de nós dê um pouco de si porque estas pessoas são como nós e devem ser tratados como tal.”
Hoje foi inaugurada uma nova sala, a sala sensorial, que vai permitir que os utentes explorem as suas capacidades cognitivas com o objetivo “de dar ainda mais conforto aos utentes desta Instituição.”