José Palma Rita, Vice-presidente da Comissão Política Distrital de Évora do PSD, no seu comentário desta segunda-feira, dia 6 de junho, falou sobre o Congresso do Partido Socialista (PS), a falta de financiamento para as Misericórdias que têm 447 camas sem uso por falta de meios financeiros e a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos que já tem luz verde de Bruxelas.
Sobre o Congresso do PS em que Costa se mostrou otimista relativamente às sanções da Comissão Europeia, José Palma Rita refere que o Congresso ficou marcado “por um encostar do PS à Esquerda, tentando ocupar algum espaço de mensagens quer do posicionamento politico pelo PCP e pelo BE, com mensagens muito críticas em relação à Europa, mas mensagens também muito ambíguas, porque na verdade diz que estamos contra a Europa mas ao mesmo tempo iremos fazer aquilo que a Europa precisa que nós façamos, um pouco ao estilo grego, em que há um esforço para a governação, e depois há um discurso para fora com matéria para alimentar o eleitorado fazendo a reivindicação de que não nos podemos deixar esmagar pela Europa. Curiosamente aquilo que era dantes as criticas, na altura do Governo de Sócrates em que o Governo era um Governo mais ao Centro e mais à Direita, as críticas vinham de Manuel Alegre, agora as críticas vêm de Francisco Assis (…)”.
Relativamente à falta de financiamento para as Misericórdias que têm 447 camas sem uso por falta de meios financeiros, o Vice-presidente da Comissão Política Distrital de Évora do PSD, expressa que “as Misericórdias dependem muito do financiamento porque criaram as suas unidades de cuidados continuados e recuperação de doentes, e na expetativa de haver a contratualização com o Ministério da Saúde, para as Misericórdias preencherem uma função que o Estado não tem capacidade de preencher por ele próprio, porque não tem unidades de cuidados continuados suficientes do ponto de vista da rede pública. Se o Ministério da Saúde falha com o financiamento, temos aí um problema grave (…)”.
No que concerne à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, em que Bruxelas já deu luz verde, diz que “é preciso esperarmos algum tempo para percebermos mais claramente o que é a luz verde que é dada porque é uma coisa ainda dúbia porque diz que o Estado poderá recapitalizar, mas terá que o fazer como se fosse um privado (…) e essa é a parte que eu ainda não consigo perceber (…)”.