O difícil é escolher. A variedade de doces – de fazerem água na boca – é tanta, que até é natural que pense várias vezes à hora de comprar uma das iguarias que “desfilam” este fim de semana pela Mostra da Doçaria das Alcáçovas.
Assim, de repente, espreitamos os “cabeças de cartaz”: do Bolo Conde de Alcáçovas, ao Bolo Real, passando pelas Sardinhas Albardadas ou os Amores de Viana. Mas há muitos mais “e com muita qualidade”, como apontava o presidente do Município de Viana do Alentejo na abertura do certame, que teve lugar esta sexta-feira.
“A mostra faz 23 anos com uma evolução espetacular”, sustentou Luís Miguel Duarte, relembrando como este caminho começou numa escola com “meia dúzia” de produtores e hoje é capaz de reunir doceiras e doceiros de vários pontos do país, que exibem “bancadas lindas”, assumiu o autarca.
Para que melhor se perceba o impacto da mostra, fica a saber-se que há quem aproveite o certame para comprar já os doces de natal ou retenha contactos para fazer as encomendas rumo à noite da consoada.
Não admira que o presidente da Junta, Frederico Carvalho, tenha “puxado” pelo músculo da doçaria na economia local e na criação de postos de trabalho.
“Temos para cima de 70 pessoas que trabalham neste ramo de atividade. Para uma freguesia com 2 mil habitantes tem um impacto de grande relevância”, enfatizou, assumindo que a gastronomia e doçaria têm uma “importância vital” para a terra.
“Além disso”, reforçou, a doçaria perfila-se como “um elemento identitário” das Alcáçovas, tendo ajudado a projetar datas históricas, com impacto turístico, onde se inscrevem, por exemplo o Tratado das Alcáçovas ou a reunião dos capitães de abril no Monte do Sobral. “A doçaria já faz parte do panorama nacional. Muita gente, no trajeto da Estrada Nacional 2, faz essa paragem para conhecer a doçaria”, resumiu autarca.