O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 11 de março de 2019, abordou aos microfones da Rádio Campanário as mais recentes declarações do candidato do PS ás eleições europeias, o apelo do Primeiro Ministro para que não se vote em “excêntricos”, e o comentário de Rui Rio sobre a necessidade do país ter superavit em tempos de crescimento económico.
Sobre as declarações de Pedro Marques em que “agradece ao PSD por estar a valorizar as propostas do PS, António Costa da Silva disse aos microfones da Rádio Campanário que “penso que as afirmações que ele apresentou foram uma fuga para a frente. Pedro Marques foi um ministro com um mau desempenho, e o PSD é que devia agradecer ao partido socialista por ter facilitado a vida nestas eleições europeias”. O deputado considera ainda que Pedro Marques é “um ex-ministro com resultados em termos de investimento público que foram um desastre total, estamos a falar dos piores níveis de investimento em Portugal, na execução dos fundos comunitários é outro desastre, temos uma taxa global de execução do Portugal 2020 que é de 33%, quando no período do QREN (período de grandes dificuldades) era de 39%, portanto são resultados muito fraquinhos, resultados apresentados pelo Dr. Pedro Marques”.
António Costa da Silva explicou ainda aos microfones da RC que “as propostas que ele veio apresentar, são propostas ou de coisas que já existem, que já estão feitas ou que já estão a ser feitas. Tudo isto significa que o Dr. Pedro Marques devia estudar os dossiers, preparar-se e aceitar aquilo que lhe propõem, que é debater e discutir aquilo que são as suas propostas e as suas ideias, ficando a democracia muito mais enriquecida”. Na sua crónica semanal a esta emissora, António Costa da Silva disse ainda que Pedro Marques “é um ex-ministro desta governação”, considerando que tenha tido “o pior desempenho de todos os ministros”, no entanto o deputado considera que “tudo indicia que ele possa vir a ser a proposta do PS como comissário europeu, ou seja, nem está para uma coisa nem está para outra, não cumpriu o seu mandato como ministro, mas no fundo também não está como candidato europeu (…) é uma confusão deste partido socialista que baralha as pessoas, baralha os eleitores, sem propostas e com um mau desempenho”.
Quando instado pela Campanário a comentar o apelo do Primeiro Ministro de Portugal “para que não votem em excêntricos”, António Costa da Silva refere que “são daquelas afirmações de muito mau gosto que o primeiro ministro de Portugal tem, não são nada dignas daquele que é o líder do governo português. Efetivamente são aquelas demonstrações muito fraquinhas e de má qualidade que são apresentadas pelo primeiro ministro de Portugal, aliás que até nos envergonham”.
Relativamente ás declarações de Rui Rio sobre a necessidade de Portugal ter superavit em tempos de crescimento económico, o deputado disse á RC que “nos períodos em que existe a possibilidade de se crescer, de melhorar em termos de atividade económica, ou porque o mercado externo é melhor, ou porque o desempenho das empresas portuguesas é mais positivo, Portugal devia faze duas coisas: a primeira devia ser efetuar reformas profundas, para que tenham consolidação e perspetivas de futuro; segundo poupar, superavit é isso mesmo, é não gastar acima daquilo que nós recebemos”. “Cada ano que nós temos défice estamos a agravar a nossa dívida, e se a nossa dívida aumenta não é bom para o país, ou seja precisamos de fazer poupanças. Qualquer pessoa, seja uma doméstica seja um pequeno empresário tem a perceção muito claro do que isso significa, ou seja, nos tempos em que as coias estão melhores poupa-se para que quando as coisas estejam num ciclo mais negativo, estarmos preparados para esse ciclo, e nós não estamos a fazer isso em Portugal. O Dr. Rui Rio cheio de razão recomenda isso, e eu revejo-me totalmente nessas declarações”.
Para finalizar a sua rúbrica semanal a esta emissora, António Costa da Silva abordou a temática dos fundos sociais europeus, referindo que “os fundos estruturais, como por exemplo o fundo social europeu, devemos ter duas perspetivas: em primeiro lugar deve ajudar a melhorar as qualificações das pessoas, mas ao mesmo tempo o fundo social europeu deve ter um efeito de amortecedor social, ou seja, em situações mais críticas o fundo social europeu deve ajudar a situações de desemprego, jovens em busca do primeiro emprego, desempregados de longa duração”.
O deputado deu ainda um exemplo, por forma a exemplificar o seu ponto de vista, dizendo que “vamos imaginar que temos uma situação crítica em Évora de uma empresa muito importante, ou no setor dos mármores, por exemplo, é necessário ajudar com o fundo social europeu, através de formações para aumentar a competitividade e por outro lado ajudar os desempregados”.