Após as denúncias e relatos de insegurança alegadamente gerados pela existência de um acampamento de famílias de etnia cigana junto ao Jardim de Infância do Penedo de Ouro, em Évora, a Campanário questionou o Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto de Sá, que confirmou “que a situação da comunidade de etnia cigana tem problemas diversos”. Mas, “nós temos estado a fazer um trabalho de fundo para dar respostas de fundo ao problema” evitando “adiar o problema”, diz o autarca.
Por contraste, “o Partido Socialista esteve na Câmara 12 anos e não resolveu o problema, porque é um problema difícil de resolver”, diz o autarca, ao referir que “nós não queremos empurrar com a barriga”. Pois “o fácil seria chegarmos a um ponto e expulsá-los, pura e simplesmente”.
“O Partido Socialista esteve na Câmara 12 anos e não resolveu o problema, porque é um problema difícil de resolver”
Carlos Pinto de Sá
Ao contrário disso, Pinto de Sá garante que “aquilo que nós temos feito é um levantamento de quais são os elementos dessas famílias dessa etnia que há muito residem no concelho e quais são aquelas que passam por cá”. Desta forma, “as que passam por cá, continuarão a passar por cá”, já “as que residem no concelho estamos a procurar soluções que naturalmente sejam compatíveis”, seja “com aquilo que são os valores” como “com os direitos dos restantes cidadãos”.
Já no que diz respeito à situação em concreto, de um acampamento existente junto ao Jardim de Infância do Penedo de Ouro, em Évora, o Presidente de Évora diz que “o que aconteceu foi que houve dois agregados que foram temporariamente alojados naquela zona e que agora foram realojados numa outra zona”. Com o acompanhamento das forças de segurança, juntamente com os técnicos da Segurança Social e da Câmara Municipal, “o que houve foi um diálogo, não houve nenhuma situação de violência”.
“O que houve foi um diálogo, não houve nenhuma situação de violência”
Carlos Pinto de Sá
Como solução, “aquilo que procuramos é, por um lado corresponder àquilo que é a ansiedade dos pais daquela escola”, que têm já manifestando o seu sentimento de insegurança. Mas, Sem aplicar “a solução simples” que “é chegar ao local e pura e simplesmente correr para o outro lado”.
Contudo, “ainda não estão encontradas soluções para nove agregados que ainda temos nestas situações”.