Arrancou ontem em Évora a 16ª Edição do BIME- Bienal Internacional de Marionetas , um evento que vai decorrer até ao próximo dia 11 na cidade Alentejana.
O evento teve o seu início com um cortejo com os Gigabombos do Imaginário e Marionetas saídas dos contos de fadas.
Serão ao todo 33 espetáculos, para todas as idades, em espaços abertos e fechados de manhã, à tarde e à noite, tendo um total de 94 apresentações durante os seis dias de evento,
A Bienal é verdadeiramente um evento de enorme importância na área do Teatro de Marionetas, não só no plano nacional, mas também no plano internacional. Este ano, o evento será ainda mais grandioso, porque a BIME volta novamente à rua, na sua verdadeira dimensão, após uma última edição totalmente atípica que ocorreu durante o período de pandemia.
Ao todo o evento vai ter 27 companhias oriundas de 10 países, sendo esses, Espanha, Brasil, Grécia, Dinamarca, Itália, França, Bélgica, Inglaterra, Cabo Verde e Portugal. Vai existir também uma exposição chamada de “Marionetas: Escultura e Personagem”, de Helena Millan no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e, o Seminário Internacional “A marioneta: um património em constante transformação”, em parceria com o Centro de História de Arte e Investigação Artística, da Universidade de Évora. Este ano, a BIME estende-se ainda aos concelhos de Arraiolos e de Reguengos de Monsaraz, com diversas apresentações ao longo da semana.
A Rádio Campanário esteve presente na abertura do evento e falou com José Russo, do Cendrev, um dos organizadores do evento, que começou por nos referir ” nós organizamos, nós somos os promotores da coisa, é claro que não é a primeira edição que está a acontecer, portanto é a 16ª Edição; a BIENAL começou em 1987, já lá vão muitos anos” acrescentando “se tivéssemos feito todas as edições já teríamos mais algumas, houve alguns anos que não conseguimos fazer porque não houve financiamento para isso.”
José Russo adianta ainda “neste momento estamos muito contentes naturalmente porque a BIENAL vai voltar à rua exatamente nas condições em que ela foi pensava e criada. Houve a pandemia entretanto, o que limitou aqui um bocadinho as coisas, obrigou-nos a fazer uma BIENAL em formato um bocadinho diferente, igualmente interessante, mas um bocadinho diferente, portanto agora estamos a retomar a dinâmica da BIENAL, tanto que acreditamos que possa ir agora em crescimento até à capital europeia da cultura que é em 2027. “
José Russo realça igualmente que “vamos ter também bienal em 2025, isso é uma coisa que já podemos garantir e, pronto, depois em 2027, tanto com a capital europeia da cultura, seguramente também haverá bienal, portanto este é um evento que já faz parte digamos do calendário da cidade, do concelho, da região, do país e até em termos internacionais” considerando este evento “um festival que tem um impacto em termos internacionais muito grande, portanto já passaram por aqui muitas companhias do mundo inteiro, do Vietname, da China, dos Estados Unidos, da Rússia, de muitos países, aqui à volta também, Itália, este ano tem um conjunto de 10 países representados, portanto em cada ano isto tem acontecido”.
Para o organizador não há dúvidas “este festival de Marionetas tem trazido a Évora muita gente de muitos pontos do mundo. A importância da BIENAL tem haver com isso, é claro que um outro contexto muito importante, que é a BIENAL ser o resultado do trabalho que fazemos com os bonecos de Santo Aleixo, portanto os bonecos de Santo Aleixo são os anfitriões da .”
José Russo sublinha por último “estamos contentes, o púbico tem correspondido” realçamndo igualmente que as “Bienais são sempre novas, mantendo-se a relação fortíssima que tem com o público, com a cidade.”