O Instituto de Formação e Emprego Profissional do Distrito de Évora assinalou, na passada quarta-feira, 13 de abril, o Dia Europeu do Empregador ,com a realização de um almoço debate que contou com a participação de várias instituições, empresas e representantes autárquicos.
O Dia Europeu do Empregador foi comemorado a nível nacional com o objetivo de reafirmar junto das entidades locais a credibilidade do Instituto de Formação e Emprego Profissional(IEFP) na capacitação e formação da população.
A Rádio Campanário acompanhou o evento e esteve à conversa com o Delegado Regional do Alentejo do IEFP , Arnaldo Frade, que nos falou sobre as diversas iniciativas que foram promovidas pelos Centros de Formação da região “ foram visitadas cerca de 125 instituições em prol da promoção dos Serviços Públicos de Emprego”. Salientando que “ este é um dia simbólico em que devemos refletir e pensar de forma conjunta em soluções que possam ajudar os desempregados”.
Arnaldo Frade relembrou ainda que “ o IEFP tem uma centralidade que é incontornável e constitui-se para as empresas e para as autarquias como um parceiro de referência nesta aposta de qualificação das pessoas”.
O diretor do Centro de Formação de Évora pronunciou-se sobre a pertinência deste almoço debate revelando que “ pretendemos não só que as entidades tenham a noção dos nossos espaços mas também colocar ao dispor das empresas aquilo que são as nossas ofertas formativas, as nossas ferramentas, o nosso sistema de incentivos numa estratégia de portas abertas estreitanto esta relação, que deve existir entre o tecido empresarial e o Serviço Público de Emprego”.Realçando que “ nesta sessão incorporamos três parceiros fundamentais, a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), a CapGemini e a Embraer, que transmitiram a sua experiência empresarial sobre a dicotomia que existe entre a empregabilidade e a formação profissional na óptica da complementaridade e das respostas do mercado”.
Segundo o Administrador da Embraer Portugal , Paulo Marchioto ,“ atualmente empregamos 411 pessoas, portanto, nós vamos crescendo de forma estruturada conforme as necessidades e os trabalhos que estivermos a desenvolver, posso afirmar que a nossa expetativa é criar cerca de de 600 novos postos de emprego até 2019 integrando os formandos provenientes desta parceria com o IEFP ,que tem atendido a todas as nossas solicitações”.
A esta Estação Emissora o CEO da Capgemini, Paulo Janelas, felicitou a qualidade da formação do IEFP dizendo que “ os programas que tem promovido têm –nos ajudado tanto a encontrar pessoas com competência como a aprofundar as competências dos nossos trabalhadores”. Adiantando-nos que “ somos uma empresa multinacional sediada em Évora e Lisboa que neste momento está a recrutar”.
O consultor da ADRAL, Luís Sotto Mayor, sublinhou que “ é preciso formar pessoas para a indústria extrativa no âmbito da exploração de pedreiras visto que atravessamos um perído em que a mão de obra é escassa e há que em conjunto tentar solucionar este problema de forma a acompanhar o mercado”.Expressando ainda que “ há que recuperar esta atividade, temos empresários a investir no setor primário como ocorre em Viana do Alentejo que está a preparar a criação de uma pequena escola de canteria para não ter que importar pedra de outras regiões e esse estímulo tem que ser apoiado pelos vários parceiros”.
Para a presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central(CIMAC), Hortência Menino,” a parceria com esta entidade formador pública pode ser uma das respostas para colmatar o desemprego nessa medida penso que as autárquias devem colaborar na sinalização dos locais ,pessoas e das entidades empregadoras de modo a que todos possamos encontrar a melhor solução mas ainda assim é preciso que as políticas nacionais encarem como uma prioridade a questão do emprego e do apoio à criação de emprego para que a realidade do Alentejo possa ser diferente nos próximos anos”.
Luís Nascimento, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, defendeu que “ é fundamental que todas as entidades empregadoras possam constituir uma rede que de alguma forma possa ajudar a suprir as carências de emprego da região através da conciliação de vontades, em prol da resolução de algumas adversidades que possa surgir”.
