O Mercado Tradicional de Estremoz voltou hoje ao ativo. Desta vez, e para garantir as medidas de segurança, aconteceu no Parque de Feiras e Exposições. A RC esteve no local e falou com uma das vendedoras, Margarida Borda D’Água, de Estremoz, sobre como foi esta reabertura em tempo de pandemia.
Margarida refere que houve alguma adesão por parte dos compradores, mas que nada “tem a ver como se fosse na cidade”, mais concretamente no Rossio Marquês de Pombal, local habitual.
Na sua opinião o município “podia ter arranjado uma maneira diferente, se tivesse sido no mercado abastecedor sempre estava mais localizado na cidade onde as pessoas estão habituadas. Aqui só vêm algumas pessoas que têm carro e que se deslocam a Estremoz para fazer as suas compras” e dá o exemplo dos idosos que costumam fazer as suas compras neste mercado e que no dia de hoje apenas “vieram os que têm carro, pois os restantes não vêm a pé da cidade para comprar pequenas coisas”.
A vendedora vê o pavilhão do mercado abastecedor como uma boa opção onde “conseguiam fazer o mesmo que aqui, porque há espaço para o cliente e para o vendedor”.
Relata também que neste mercado de moldes diferentes não estão os mesmos vendedores que habitualmente, referindo que “não são tantos”.
Relativamente aos clientes conta que teve alguns habituais e outros que são diferentes, inclusive de concelhos vizinhos.
O balanço final deste regresso do Mercado Tradicional de Estremoz é, na opinião de Margarida Borda D’Água, positivo, apesar de sentir que “houve pouca divulgação” e por isso não apareceram muitas pessoas. Mas vê essa falta de compradores também como uma consequência do medo que se sente, pois quando “veem que há mais afluência começam a afastar-se e se têm outras bancas onde comprar mais rápido vão embora”, apesar de haver o distanciamento pessoal.
Refere que no seu armazém onde vende habitualmente usa sempre máscara e luvas e que as pessoas ao verem isso “iam ao carro e metiam as suas máscaras”.
Neste primeiro dia de mercado a autarquia ofereceu luvas e máscaras aos vendedores para estarem protegidos.
