Continua a não haver entendimento na Câmara Municipal de Elvas. Depois de Nuno Mocinha ter retirado os pelouros aos vereadores eleitos pelo PS, Rondão Almeida e Elsa Grilo, no dia 15 de julho e de sucessivas conferências de imprensa onde foram proferidas diversas acusações, tudo levava a querer que na tarde de quarta-feira, poderia existir um entendimento politico, entre o atual e o anterior presidente da autarquia elvense, quando apareceram juntos à imprensa, fazendo antever um momento de tréguas.
No entanto tal não aconteceu e ao início da tarde desta quinta-feira, os vereadores elvenses, Rondão Almeida, Elsa Grilo, Vitória Branco, Tiago Afonso e Manuel Valério e também o presidente da Assembleia Municipal anunciaram na Casa da Cultura de Elvas, onde Rondão Almeida tem mantido o seu gabinete, que afinal tinha havido um retrocesso nas conversações, apresentando a vereação a sua demissão sendo agora o cenário mais provável a realização de eleições antecipadas, tendo Elsa Grilo anunciado que será a cabeça de lista à Câmara Municipal de Elvas.
No seguimento de todo este processo, Nuno Mocinha voltou a convocar a imprensa, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, para informar que não se irá demitir e continuará a ser o presidente da câmara até que os elvenses decidam, “ a câmara vai continuar a funcionar até aqui”.
Nuno Mocinha referiu que “tentei encontrar um pouco de equilíbrio, não houve entendimento, nos últimos nove meses não tive condições para exercer as funções de presidente de câmara”, acrescentando, “o que anunciei a 15 de julho mantêm-se, cada eleito assume as suas responsabilidades, mantenho-me de consciência tranquila, o meu compromisso é com os elvenses e esse compromisso implica coordenar uma equipa e ter conhecimento das ações dos seus elementos e trabalhar com aqueles que queiram trabalhar comigo”.
O presidente da Câmara Municipal de Elvas prossegue, “quem quiser estar ao meu lado a trabalhar a favor do concelho será sempre aceite dentro dos princípios de respeito, lealdade e cooperação, que não quiser terá todo o direito de renunciar a esse trabalho”.
“A decisão que tomei foi difícil, não decidi a pensar em mim, escolhi um caminho que respeitasse a população do concelho e os projetos que há para o futuro”, destaca.
Nuno Mocinha continua, “estou mandatado pelas vozes dos eleitores para ser presidente de câmara e não vereador, estou disposto a ser presidente até ao final do mandato”, acrescentando, “não viro a cara aos desafios, as dificuldades não fazem com que eu desista”.
A finalizar o presidente da Câmara Municipal de Elvas comprometeu-se “a respeitar os desejos dos naturais e residentes desta terra”, dizendo “não vou trabalhar sobre cenários só sobre acontecimentos concretos, vou continuar a ser o presidente até que os elvenses decidam”.
Oiça aqui a conferência de imprensa do presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha:
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