Depois de três rondas negociais falhadas, com trocas de acusações de inflexibilidade de parte a parte, os professores avançam para a greve esta segunda – feira, 17 de junho, com o ministério da educaçao a recusar remarcar os exames nacionais agendados para esse dia.
Incerteza tem sido a palavra dominante dos últimos dias de milhares de alunos e respetivos encarregados de educação.
Só esta segunda-feira os alunos que não puderem fazer exame terão uma resposta sobre o seu futuro mais imediato.
À Rádio Campanário o diretor do Agrupamento de Escolas Públia Hortênsia de Castro de Vila Viçosa assegurou que da parte do Ministério da Educação surgiram algumas orientações para que fossem feitos todos os esforços pelos professores para que se concretizem os exames do dia 17, vendo com bons olhos o fato dos diretores das escolas poderem vigiar os alunos.
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A greve dos professores extravasou o domínio da educação e tornou-se tema de preocupação nacional, envolvendo o Governo e o próprio Presidente da República, que apelaram a consensos que continuam por encontrar.
Num momento raro de união sindical no setor da educação, oito estruturas anunciaram em maio e em conjunto uma greve para 17 de junho e outra às avaliações, até dia 14, alargada mais tarde até dia 21, com a possibilidade de se prolongar até 28.
A FNE confirmou dias depois a sua adesão às greve, contra a aplicação a toda a função pública das novas regras laborais, que passam por um regime de mobilidade especial e pela alteração do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais.
Pelo meio, a troca de palavras e acusações foi subindo de tom e intensidade, revelando que a greve tinha deixado de ser uma contenda entre sindicatos e Ministério da Educação, para se tornar tema de preocupação nacional.
