Na manhã de hoje a Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, esteve no Alentejo, mais concretamente em Sousel e Évora. Estas visitas realizadas na Semana do Turismo, surgem no âmbito dos programas “Revive” e “Valorizar”, respetivamente.
No final das visitas, em declarações aos jornalistas, falou sobre estes dois programas e a sua importância para a região Alentejo.
Sobre o “Valorizar” que aconteceu na Universidade de Évora com a assinatura de contratos de financiamento no valor de cerca de 7ME, no âmbito da Linha de Apoio à Valorização do Interior, nomeadamente relacionados com a rede de áreas de Serviço para Autocaravanismo no Alentejo e Ribatejo, as praias fluviais e estações náuticas, enoturismo, recursos endógenos e outros e a rede de turismo literário do Alentejo e Ribatejo, a Secretária de Estado do Turismo referiu que no Alentejo são um “total de 27 projetos sendo que 24 foram celebrados hoje. Nós temos como intenção lançar uma nova call do Valorizar com uma dotação orçamental específica que ainda não está definida, mas seguramente será superior a 10 ME, no sentido de continuar a trabalhar este programa que tem sido de sucesso, que até ao momento já financiou cerca de 750 projetos com 100 ME de financiamento atribuído a fundo perdido”.
Sobre a nova call do “Valorizar” revela que será lançada até ao final do ano, sendo que “são elegíveis” quer entidades públicas, quer privadas.
Relativamente há grande diversidade de áreas que há no Alentejo, afirma que esse é “uma das mais valias” da região.
“Hoje celebramos aqui projetos de enoturismo, de turismo literário, de recursos endógenos, as áreas de serviços de autocaravanas, que têm sido uma das prioridades desta secretaria do estado. O Alentejo tem esta elasticidade que muito nos orgulha e que deve ser nutrida e acarinhada”, frisa.
Já relativamente à ao programa “Revive”, que no dia de hoje levou a que fosse assinado em Sousel o protocolo entre a Infraestruturas de Portugal e a Turismo Fundos para reabilitação da Estação Ferroviária do concelho, afirma ser “um programa que vai facilitar a reabilitação e a animação turística de determinados imóveis que se encontram num estado devoluto, garantindo que possamos encontrar para esses imóveis novos usos relacionados com o turismo. No Ferrovia encontramos uma parceria estreita entre a Turismo Fundos e a IP Património. Identificámos já 30 estações ferroviárias, na sua maioria localizadas no Alentejo e a Norte, que têm um potencial grande de poderem ser reconvertidos para efeitos turísticos e hoje celebramos esse acordo de colaboração entre o Turismo de Fundos e a IP Património, justamente para podermos lançar no decorrer de 2021 os percursos de concessão para atribuição dos direitos de exploração desses espaços”.
Os concursos irão ser “lançados em lote”, afirma Rita Marques. “Já lançámos o Revive Património que privilegiando este modelo versa requalificar património com um elevadíssimo potencial cultural turístico e afins. Depois lançámos um segundo que é o Revive Natureza que visa requalificar antigos postos de guardas florestais e fiscais, também foi lançado em lotes. E agora o Revive Ferrovia com estas 30 estações que serão provavelmente lançadas em lotes de forma a medirmos e aferirmos a atração de mercado a estas iniciativas que, até ao momento, tem sido extraordinária”.
Questionada sobre o que poderão vir a ser estas estações ferroviárias depois de reabilitadas, explica que “não nos compete impor limites, muito pelo contrário. A nós compete-nos garantir que há financiamento e que há condições para que essas visões e sonhos dos nossos empresários possam ser materializados”.
No entanto, explica que “na nossa perspetiva [os espaços] podem ser requalificados para unidades de alojamento, para espaços de restauração, para espaços de animação turística é uma panóplia muito grande de serviços que pode ser ali desenvolvida. A nossa prioridade é garantir que existem condições para requalificar esse espaço, por exemplo, no que toca à estação de Sousel está desativada há mais de 30 anos e pertencendo este imóvel ao Estado, faz todo o sentido que seja o próprio Estado a poder criar as condições para esses imóveis serem dinamizados, investidos devolvendo tudo o que receberam, devolvendo às comunidades”.