O eurodeputado Nuno Melo, eleito pelo CDS-PP, no seu comentário desta quinta-feira, dia 11 de abril, abordou aos microfones da Rádio Campanário o novo prazo estabelecido entre a União Europeia e o Reino Unido (31 de outubro) para a saída da EU, e ainda as notícias que “acusam” o primeiro ministro António Costa de fazer campanha por Pedro Marques para as eleições europeias.
Nuno Melo considera que “este novo prazo pressupõe a participação dos britânicos nas eleições europeias”, o que continua a ser uma grande incógnita “pois o partido conservador e Theresa May não consideram isso uma grande vantagem”. Na opinião pessoal do eurodeputado “desejo um prazo longo, pois ainda guardo uma esperança de que o BREXIT não aconteça”. O eurodeputado considera a presença do Reino Unido na União Europeia “fundamental, pois faz parte do ponto de vista identitário, apresenta o maior exército, apresenta 60 milhões de consumidores, é o maior contribuinte líquido”, Nuno Melo refere ainda que “hoje a opinião pública britânica se for chamada a referendo quererá permanecer na União Europeia”.
O eurodeputado manifesta aos nossos microfones o seu desejo para que “neste prazo longo se possam efetuar eleições antecipadas, ficando garantido um novo referendo (…) que podem manifestar um novo resultado permitindo assim a continuidade do Reino Unido na União Europeia”.
Sobre as declarações de partidos como o PSD e CDS, que acusam António Costa de fazer campanha por Pedro Marques, sendo este último um candidato “fantasma”, Nuno Melo considera que “eu já fiz 10 debates e nunca consegui debater com o Dr. Pedro Marques, já o vi em jogos de futebol, a tirar selfies, muito animado num carnaval, mas nunca o vi sentado a meu lado a debater os problemas estruturais da europa”.
O eurodeputado acrescenta “só percebo a instrumentalização do cargo por parte do primeiro ministro”, Nuno Melo considera que “afinal Pedro Marques não é candidato ao parlamento europeu, é candidato a comissário europeu”. O eurodeputado refere ainda que “o PS quer defender a europa e coloca cartazes em defesa da europa, mas depois solicita que as europeias sejam um voto de confiança ao governo”, o que na opinião de Nuno Melo “se o Dr. António Costa assim o quer, estas eleições europeias só podem ser uma moção de censura ao governo”.