Um novo hospital central para Évora, foi anunciado há mais de uma década, tendo os processos inerentes à criação do mesmo sido cancelados em 2011, devido à presença do FMI, em Portugal, como noticiado pela Rádio Campanário.
O Orçamento de Estado de 2017, contempla agora a construção da nova unidade hospital de Évora, centralizando todos os cuidados de saúde que a população da região necessita.
José Robalo, Diretor da Administração Regional de Saúde, do Alentejo, em declarações à RC, relativamente ao futuro da unidade hospital anunciada em 2004, diz que acredita “que é desta que vai ser”.
A obra, diz, conferirá “ao distrito de Évora, condições que, neste momento, o hospital atual não tem, em termos de acolhimento”.
Afirma que as especialidades cirúrgicas, necessitam de um bloco operatório completamente diferente.
A expansão da atividade conferida pelo surgimento de um hospital central em Évora, possibilitaria dar resposta a outros hospitais da região relativamente a determinadas especialidades, aumentando a “eficiência do próprio sistema”.
Excluindo à partida a instalação de atividades médicas, como transplantes, que “precisam de alguma concentração de massa crítica”, José Robalo afirma que este edifício permitiria “centralizar no Alentejo, grande parte das prestações de saúde”.
Salienta ainda, como benefícios acrescidos da criação do hospital central de Évora, a maior capacidade de captação de profissionais que conferiria à cidade de Évora, assim como o facto de contribuir para a fixação de pessoas, ao facultar “os cuidados a que têm direito”.
Manuel Delgado, Secretário de Estado da Saúde, em declarações à RC avançou que “em princípio, será ainda este ano que faremos o lançamento do projeto”, com definição da localização, dos planos arquitetónicos, estando, neste momento, a faltar apenas definir a metodologia de financiamento.
“É só termos o modelo financeiro definido, para podermos anunciar definitivamente uma obra tão importante”, conclui.
As possibilidades para este financiamento passam pelo financiamento direto do Estado, ou recorrendo a fundos comunitários para obter “uma parte substancial”, sendo esta a opção que apresenta como mais praticável.
Élia Mira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora, falou à Rádio Campanário sobre a importância desta construção, para o seu município, e para a região.
Declarando que a atual unidade em funcionamento na cidade de Évora, o Hospital de Espírito Santo, “começa a evidenciar sinais de degradação, e também algumas questões, obviamente, de segurança”.
O pretendido hospital central, coordenaria “um conjunto de valências”, que atualmente a cidade corre o risco de perder, ou que poderia vir a juntar às existentes, avança a autarca.
A unidade serviria não só o distrito, funcionando como “um hospital da região Alentejo”, declara.
Em termos de atratividade da cidade, aumentaria não só para ao nível do turismo, como dos profissionais da área da saúde, concedendo-lhe condições de trabalho que os fixem no “interior do país”. Estes profissionais, permanecendo e trazendo as suas famílias, ajudariam a “retardar este despovoamento do Alentejo que se tem vindo a fazer sentir”.