No passado sábado (17 de novembro), decorreu em Borba a apresentação da obra “Apontamentos para a história da vinha e do vinho no Alentejo”, de José Calado, inserida no programa da Festa da Vinha e do Vinho.
Em declarações à RC, o autor explica que a obra “desmistifica alguns mitos que colocavam (no passado), o Alentejo e o vinho como algo de menor importância”.
Inicialmente, o trabalho de investigação visava a história de uma família com “350 anos” de “tradição vitivinícola”, a família Serrano Mira, que atualmente detém a Herdade das Servas (Estremoz), não sendo a sua publicação uma intenção.
“É difícil reunir apoios para uma investigação histórica”
Tendo em conta que esta estava presente em vários pontos da região, nomeadamente nos concelhos de Borba, Vila Viçosa e Estremoz, o autor considerou que a história da família poderia surgir como “um contributo para a história do vinho do Alentejo”.
Seguiu-se a investigação “a nível nacional sobre o vinho do Alentejo”, visando “desmistificar alguns mitos que colocavam o Alentejo e o vinho como algo de menor importância”.
Sobre o trabalho com a família Serrano Mira, José Calado aponta que de todos os contactos efetuados, destacou-se “esta família por ter sensibilidade e interesse em comprovar” o que sabiam da sua história, surgindo como o “principal e único patrocinador do livro” em todas as suas fases de criação e publicação.
António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba, afirma que Borba é “naturalmente, uma terra de vinho”, permitindo esta obra compreender a “evolução da história da vinha e do vinho”.
A apresentação da obra surge como um “complemento” cultural à programação atual, que visa “um público-alvo” diferente.
“Borba é naturalmente uma terra de vinho”
O autarca afirma que a atração da festa aumenta, quando são abordados mais assuntos “mas de uma forma muito profunda”.
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