Obras de Graça Morais, José Pedro Croft, Manuel Amado, Lucio Muñoz, Rui Sanches e Luís Noronha da Costa.
O Núcleo de Arte Contemporânea de Reguengos de Monsaraz vai ser inaugurado no dia 3 de maio, pelas 10h30, com uma exposição de 10 obras da coleção do Novo Banco.
Nesta nova galeria de arte localizada no Palácio Rojão, onde está instalada a biblioteca municipal, vão estar expostas durante cinco anos obras de Graça Morais, José Pedro Croft, Rui Sanches, Luís Noronha da Costa (1942-2020), Lucio Muñoz (1929-1998) e Manuel Amado (1938-2019).
Esta mostra de artistas contemporâneos resulta da parceria estabelecida entre o Novo Banco e o Ministério da Cultura para disponibilizar ao público o seu património artístico e cultural. No Núcleo de Arte Contemporânea de Reguengos de Monsaraz poderá ser apreciada uma pintura a tinta celulósica sobre tela e a pintura a óleo sobre tela “Paisagem”, ambas de Noronha da Costa, pintor e cineasta que procurou durante a sua carreira artística trabalhar a perceção da imagem, entre a figuração e a abstração, utilizando desde a década de 1970 materiais e técnicas até então pouco comuns.
Graça Morais, pintora do figurativo, desenvolve o seu trabalho artístico num percurso de identificação com o seu universo e, ao mesmo tempo, de expressão de valores e sentimentos universais, terá nesta mostra o acrílico sobre tela “Transgressão”, de 1987. Manuel Amado deixou a arquitetura para se dedicar exclusivamente à pintura e teve sempre um gosto acentuado pela representação das formas estruturais dos espaços arquitetónicos jogando com as linhas da geometria, com as quais construiu espaços imaginários, tranquilos e silenciosos, onde as linhas estruturantes enquadram e delimitam a luz e a sombra, o interior e o exterior, como mostra nesta exposição o óleo sobre tela “Janela Quadrada”, de 1989.
A exposição inaugural do Núcleo de Arte Contemporânea de Reguengos de Monsaraz apresenta também três pinturas de José Pedro Croft, nomeadamente um guache sobre papel de 1996 e duas obras de 2003 em técnica mista sobre papel intituladas “Estudo”. Com um percurso artístico marcado no seu início pela orientação do mestre João Cutileiro, José Pedro Croft desenvolve durante a sua carreira uma obra plural que percorre a experiência da escultura e da tridimensionalidade, tratando em simultâneo as questões do desenho e dos seus limites.
Rui Sanches é um artista que a partir de 1985 desenvolve um trabalho original de escultura em madeira maciça ou transformada, onde conjuga formas orgânicas e estruturais, num cruzamento de múltiplas abordagens técnicas e formais, terá nesta exposição uma escultura de 2004 em contraplacado de madeira de tola. Considerado um dos pioneiros da arte abstrata espanhola, Lucio Muñoz desenvolveu a sua obra conjugando materiais como a madeira, terra, cartão e pigmentos, explorando a partir de finais dos anos 50 do século passado as possibilidades expressivas da madeira como se fosse um material pictórico, vai ter patentes duas obras em técnica mista sobre madeira, nomeadamente “Cuadrado – Tabla 27-94”, de 1994, e “Cuadrado – Tabla 28-95”, de 1995.