Segundo o relatório de situação da Direção-Geral da Saúde de hoje, estão internadas em unidades de cuidados intensivos 136 pessoas, mais 84 do que a 2 de junho.
Estas 136 pessoas representam 55% do valor crítico das 245 camas ocupadas previsto nas “linhas vermelhas” estabelecidas pelos especialistas.
“Adotando uma taxa de ocupação de 85%, o número total de doentes covid-19 críticos (internados em medicina intensiva) em Portugal continental deve permanecer abaixo de 245”, refere o documento, que aponta uma distribuição regional de 85 camas no Norte, de 56 no Centro, de 84 em Lisboa e Vale do Tejo, de 10 no Alentejo e de 10 no Algarve.
A 9 de junho estavam internadas 72 pessoas em UCI com covid-19, número que tem sempre aumentado desde então: 88 doentes (36%) em 16 de junho, 106 doentes (43%) em 23 de junho, 113 doentes (46%) em 30 de junho e 136 doentes (55%) hoje.
Os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) evidenciam também uma alteração no perfil etário das pessoas que necessitaram de cuidados continuados ao longo dos últimos meses.
Em abril, o grupo etário com maior número de internamentos em UCI era o dos 70 aos 79 anos, já em maio, os casos mais graves da doença passaram a ser, maioritariamente, na faixa entre os 60 e 69 anos.
Já em junho, as unidades de cuidados intensivos passaram a receber mais doentes entre os 50 e os 59 anos e, este mês, o grupo etário com maior número de casos de covid-19 internados em UCI baixou para o das pessoas entre os 40 e os 59 anos.
In NM