Olivença é uma cidade localizada na margem esquerda do rio Guadiana, que preserva um património construído por mãos portuguesas. As suas ruas brancas, gastronomia e estilo de vida, para quem chega, faz imediamente lembrar a região do Alentejo. Para além de poder admirar as ruas de Olivença, é possível conhecer os seus costumes e tradições no Museu Etnográfico, explorar as portas do Castelo e ver como o património construído foi reutilizado, como no caso dos quartéis militares.
Olivença, além do seu castelo, teve maisquatro muralhas, sendo elas a dionisíaca, datada de 1306 e ainda preservada; a fernandina, que não existe mais; a manuelina, da qual ainda resta uma torre; e a abaluartada, do século XVII.
A semelhança ao Alentejo é de tal ordem, que até os verões não dão tréguas, com temperaturas altas desde manhã até ao início da noite.
É visível a existência de vários quartéis militares por toda a cidade, mas hoje esses antigos quartéis dão lugar a uma universidade, um lar de idosos e a diversas outras instituições públicas.
A confeitaria tradicional de Olivença traz-nos de volta para este lado da fronteira com os seus doces. Nougados, doces de gila e pão e outras iguarias da confeitaria alentejana são encontradas aqui. As marcas de café à venda nestes locais também revelam as relações estreitas entre os dois lados da fronteira. O café é principalmente português e basta pedir uma “bica” para receber uma chávena de café. Em Espanha, o café geralmente é servido com um pouco de leite, uma bebida conhecida como “café pingado”. Para beber a tradicional “bica” portuguesa, é necessário especificar que o café é “solo”, ou seja, puro.
Várias portas marcam as passagens das muralhas de Olivença. As portas de Alconchel e Los Angeles mantêm as suas torres semicirculares. Já a Porta de la Gracia tem apenas o arco, tendo perdido as suas torres quadrangulares.
Se alguma vez for visitar esta cidade “alentejana” em Espanha, não se esqueça de incluir no seu roteiro uma visita às igrejas, como a Capela da Misericórdia, a Igreja de Santa Maria Madalena e o Convento de São João de Deus, uma vez que todas estas igrejas fazem parte do património da cidade.
Ao lado do edifício que atualmente é a câmara municipal, podemos ver a porta manuelina, que foi transformada num símbolo identificativo da cidade. A porta reproduz os elementos característicos do manuelino, um estilo arquitetónico português que leva o nome do rei D. Manuel I.
Fonte: SapoViagens