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Onda de calor atinge Portugal na segunda metade de agosto. Esperados mais de 40.º graus

Uma vaga de calor tórrido proveniente do Norte de África vai atingir Portugal a partir do meio do mês.

As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera apontam a possibilidade de serem atingidos os 40 graus no concelho de Alcoutim, no Algarve, no dia 13.

Valores próximos serão também registados no Interior Sul, devido à passagem da massa de ar quente e seco que nos três a quatro dias seguintes progride pelo Interior para Norte.

Os especialistas em meteorologia estão a prever a chegada de uma onda de calor a Portugal, que promete temperaturas 20 graus acima das esperadas para esta epoca do ano.

Resultado de uma frente quente com origem em África está vaga de temperaturas altas irá trazer o ar mais seco e quante para o nosso território.

Com as temperaturas a ultrapassarem facilmente os 40.º graus, esta onda de calor pode tornar-se perigosa para a população, sobretudo para os mais fragilizados, como idosos.

A onda de calor que está a atingir a Europa deverá chegar em breve a Portugal. Temperaturas muito elevadas que potenciam o risco de incêndio, como tem acontecido em países como a Grécia ou a Turquia. Os especialistas alertam para este perigo em território nacional, mas afastam uma situação tão grave como aquela que se viveu em 2017 no país. 

As previsões apontam para que esta onda de calor atinja Portugal na segunda quinzena de agosto. As temperaturas deverão mesmo ultrapassar os 40 graus em algumas zonas do país. 

“Há o risco de incêndio”, admite Paulo Fernandes, professor e investigador do departamento de ciências florestais da UTAD, em declarações ao Negócios. Ainda assim, recorda que arderam muitos hectares nos incêndios de há quatro anos, sobretudo em Pedrógão Grande e no Interior Norte, noticia o Jornal de Negócios.

De acordo com este especialista, os efeitos destes graves incêndios “vai desaparecendo, mas até oito anos há um efeito”. E “quatro anos é pouco tempo”, travando situações mais graves, acredita.

Nesse sentido, Paulo Fernandes afasta que se vá viver este ano uma situação semelhante à de 2017, não excluindo, no entanto, que localmente haja incêndios com alguma dimensão, como tem acontecido todos os anos.  

Já Domingos Xavier Viegas, que coordenou o relatório independente sobre os incêndios de Pedrógão, considera que “houve uma melhoria clara desde 2017” em Portugal. Sobretudo no que toca à “gestão da limpeza em volta das casas, não apenas por força da lei, mas também pela compreensão e sensibilização das pessoas”. E isso pode ser determinante para evitar a destruição de habitações.

Em declarações à TVI, o especialista em incêndios florestais diz que falta, porém, “a gestão da floresta num seu todo, que os espaços florestais sejam melhor geridos, que haja um melhor ordenamento e que, quando se façam novas plantações, se veja o que se está a fazer”. “As coisas não podem continuar a ser como eram no passado”, acrescenta o investigador. 

Em junho de 2017, o incêndio florestal na região de Pedrógrão Grande provocou 66 vítimas mortais e deixou feridas mais de 250, além de ter destruído cerca de 500 casas. Em outubro desse ano, já depois da chamada época crítica de incêndios, registou-se o pior dia desse ano em número de fogos (mais de 500), tendo as chamas atingido particularmente 27 concelhos da região Centro, sobretudo os distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Aveiro e Leiria.

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