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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Orçamento de Évora chumbado: “Reação arrogante” da CDU “é preocupante para quem precisa de apoios para passar o seu orçamento”, diz António Costa da Silva (c/som)

O Orçamento Municipal de Évora e as Grandes Opções do Plano para 2019 apresentados pelo executivo CDU, foram chumbados em Assembleia Municipal com 17 votos contra (13 do Partido Socialista, 3 do Partido Social Democrata e 1 da Coligação Afirmar Évora), 15 votos favoráveis (14 da CDU e 1 do MMPI) e 1 abstenção do Bloco de Esquerda.

António Costa da Silva, vereador da Câmara Municipal de Évora pelo PSD, explica em declarações à RC, os motivos na origem da votação por este partido, defendendo que o PSD manteve, “o Partido Socialista é que mudou de opinião”.

Em 2017, quando em discussão o Orçamento Municipal e as Grandes Opções do Plano para 2018, o PSD tinha apresentado 10 propostas que consideravam “exequíveis” e com as quais “a Câmara foi dando a entender que concordava”. Contudo, apenas 3 integraram a proposta do executivo para 2018, tendo por isso o PSD votado “contra o orçamento e todos os documentos operacionais da Câmara”. Essa proposta de orçamento foi viabilizada pelos votos dos outros partidos.

“Neste momento o que a Câmara deve fazer, em vez de se estar a vitimizar, é apresentar uma nova proposta”

 

Mo presente ano, a CDU voltou a reunir com os partidos para recolha de ideias, e o PSD voltou a apresentar as propostas do ano anterior. Estas voltam a não integrar as Grandes Opções do Plano, “aparecem numa notazinha ou outra, pouco mais”, aponta.

Desta forma, o vereador avança ter sido logo comunicado ao autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá, que seria “muito difícil” o partido apoiar a proposta de orçamento.

Mais aponta terem contribuído, as críticas constas nos documentos operacionais ao antigo Governo, que o PSD considera “totalmente desnecessárias e com as quais não se revê.

aqueles que ajudaram a endividar a Câmara de Évora”.

A presente proposta de Orçamento Municipal para 2018 “apresenta um conjunto de projetos âncora” com os quais concordam, nomeadamente a candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027, “só que vem precisamente a mesma coisa que já vinha no ano passado”, não tendo sido desenvolvido pelo município qualquer trabalho neste sentido, ao longo de 2018 – “Évora perdeu um ano”.

António Costa da Silva aponta ainda a existência de “um conjunto de investimentos que não têm correspondido às necessidades da população”, como a limpeza do município, “mas também […] na área da reabilitação urbana” que se encontram “todos atrasadíssimos”.

Apesar de o executivo CDU ter maioria e desta forma ter “toda a legitimidade democrática para executar o seu projeto”, não tem maioria absoluta, realça, “portanto, tem que se entender com alguns partidos para conseguir a aprovação dos documentos operacionais”. “Mas eu penso que se esqueceram disso”, conclui o vereador, apontando uma “reação arrogante” tomada pela CDU no final da Assembleia Municipal.

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