O novo Delegado Regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional, Arnaldo Frade, tem “as pessoas como a grande prioridade e onde se incluem as empresas”.
Em entrevista à Rádio Campanário, o sucessor de José Palma Rita, começou por declarar que antes de exercer estas funções estava no contencioso do Instituto do Emprego em Lisboa, mas antes disso, já havia sido Sub-delegado Regional nesta delegação durante sete anos, “em que tive a área do emprego e esta é uma região que conheço, para além de ser alentejano, (…) são funções e área que me é familiar, essa adaptação não é difícil (…)”.
Arnaldo Frade refere que “os serviços estão dotados de profissionais qualificados, que desenvolvem uma atividade que é determinante para as pessoas e fazem-no de uma forma muito profissional e isso é um fator extremamente relevante para que nós possamos cumprir bem a nossa missão e atingir os resultados que se impõem, qualificar quer os ativos desempregados, quer os ativos empregados, e por outro lado, através das medidas ativas de emprego, procurar ajudar na integração dos desempregados no mercado de trabalho através de um ajustamento que se quer, cada vez mais eficaz”.
O Delegado Regional do IEFP salienta ainda que no IEFP existem “equipas profissionais empenhadas e com grande capacidade de trabalho, o que para nós é uma garantia de que a instituição continuará a cumprir bem a sua função, sabemos que a região Alentejo é uma região difícil e importa tudo fazer para que as pessoas possam ter uma realização profissional tão plena quanto possível e possam aqui constituir família e continuar a dar à região aquilo que ela precisa do ponto de vista que é o território, uma região povoada e com gente qualificada com empresas qualificadas e onde dê gosto viver como acontece até agora”.
No que concerne às prioridades e as metas a atingir em 2016, refere que “as prioridades são sempre as pessoas e onde se incluem as empresas que são fundamentais na criação de condições para que as pessoas individuais possam aqui constituir família (…) através de meios e instrumentos que possamos ter ao nosso dispor para que esse objetivo seja atingido (…)”.
Sobre os estágios profissionais e a formação, Arnaldo Frade diz que “essas medidas, a pior coisa que nós possamos fazer, é olhar para elas como uma das formas de reduzir o desemprego porque do ponto de vista daquilo que são os dados do desemprego, os que verdadeiramente contam, são os do INE, e esses não têm relação connosco, resultam de inquéritos às famílias, o número de desempregados que nós temos no IEFP têm que ver com registos administrativos e que não são a variável que deve ser tida em conta para a contabilização do desemprego, quer no país, quer na região (…)”.
Instado sobre se as medidas existentes se mantêm, diz que os processos são dinâmicos “e neste momento nada nos diz que vai haver um quadro de medidas distinto do quadro de medidas que existe, até porque quando existem medidas novas pode haver uma alteração da sua designação, pode haver um aspeto ou outro de uma determinada medida que leve a que seja designada de uma forma nova, mas grosso modo, os estágios (…) permitirão a aproximação das pessoas, que já têm uma formação, às empresas, e esse tipo de medidas de estágios profissionais e formação profissional, independentemente da modalidade que em cada momento foi encontrada para melhor corresponder aos desafios, continuará a existir porque são a essência do instituto para além do trabalho típico que fazemos e sempre faremos que é o ajustamento entre a oferta e a procura de emprego, o encontro entre pessoas que se inscreveram nos centros de emprego (…) e estão em condições plenas de integrar o mercado de trabalho e as entidades que estão necessitadas de preencher postos de trabalho vagos e por essa via, socorrendo-se do instituto, o conseguem fazer”.
Arnaldo Frade compromete-se “a trabalhar arduamente e em permanência em prol daquilo que é o interesse das pessoas, cumprindo o que é a tradição do IEFP, em cada momento há ciclos novos, os ciclos novos não tem que dar origem a que, quem chega, tenha que diabolizar o que foi feito para trás, penso que essa é uma visão não muito positiva da democracia (…) o que acho é que deve ser a nossa obrigação, procurar fazer melhor, o meu compromisso é continuar o que está bem, melhor ainda, se possível, o que está bem, e procurar resolver de forma eficaz o que está menos bem e resolver o melhor possível o que possa surgir como problema, procurando dar a melhor solução possível e que as pessoas possam cada vez mais, encontrar o posto de trabalho que as realize do ponto de vista do trabalho que desenvolvem (…) mas também postos de trabalho condignamente remunerados e que possam permitir às pessoas constituir família e contrariar as tendências demográficas negativas que temos e que possam ser felizes no nosso território”.