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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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“Os miúdos começaram a ter medo de ir para a escola” por desacatos provocados por “uma família de etnia cigana” em Mourão, diz deputado da A.M. do PSD (c/som)

A sede do Agrupamento de Escola de Mourão registou algumas perturbações na passada semana, que levaram à necessidade de intervenção policial junto da comunidade escolar, gerando um clima de insegurança junto das crianças.

Vítor Hugo Segurado Dias, deputado na Assembleia Municipal de Mourão, pelo PSD, em declarações a esta estação emissora, explica que uma menina foi convidada a sair da aula e a ir para casa, tendo voltado mais tarde à escola, acompanhada pela família “por sinal de etnia cigana”.

Estes terão “alegadamente” agredido o diretor da escola e uma professora, levando a GNR a ser chamada ao local, e os alunos a ficarem “retidos por causa das pessoas que estavam na zona envolvente da escola”.

Devido às perturbações e ao clima de insegurança instalado, “no dia seguinte (quinta-feira) foi acionado o corpo de intervenção da GNR para estar presente na escola de manhã”, não tendo conhecimento de ter sido novamente necessária qualquer intervenção policial. “Creio que na sexta-feira já estava tudo normalizado e regularizado”, afirma.

Contudo, “os miúdos começaram a ter medo de ir para a escola”, havendo pais “que preferem que os filhos vão estudar para Reguengos (de Monsaraz) do que ficarem a estudar na escola de Mourão”. Neste âmbito, realça que “existe desde o ano passado a suposta criação de uma comissão de pais, que não tem avançado”.

“Os miúdos começaram a ter medo de ir para a escola”

Vítor Dias aponta que “o efetivo da GNR está bastante reduzido no concelho de Mourão”, esperando reforços para breve, “mas neste momento Mourão vive uns dias que não são muito positivos” não podendo, contudo, afirmar que tenham sido insuficientes para lidar com a situação.

Recentemente, o PSD endereçou uma carta aberta à presidente da Câmara Municipal de Mourão, chamando a atenção para o clima de insegurança sentido. Inquirido sobre a atuação esperada da autarquia, avança que “a figura do mediador social já devia estar criada há muito tempo”, podendo intervir neste caso para fazer a mediação “entre a Câmara Municipal e a comunidade cigana”.

“Mourão vive uns dias que não são muito positivos”

Em termos gerais, “a comunidade cigana tem comportamentos positivos e socializadores, apesar de haver ali uma franja que não acata as normas da sociedade”. Desta franja destaca “uma família […] que perturba a população”, e que previamente a esta situação na escola, já teria agredido uma médica de família no Centro de Saúde.

Apontando para um número de “15 elementos”, e questionado se apenas uma família consegue gerar tanta insegurança, declara – “a realidade diz-nos que consegue”.

Num concelho em que atualmente, “mais de 10% dos habitantes são de etnia cigana”, existe “um desfasamento entre a comunidade não cigana e a comunidade cigana, e é essa barreira que tem que ser quebrada”, pois “acabam por não ser aceites mutuamente”.

Esta distância leva a situações, como o encerramento do comércio se “existe um casamento de etnia cigana ou quando há um funeral”. Atualmente, “existe uma família de etnia cigana que está a residir no campo de futebol” há quase um ano, invalidando a sua utilização pela população, realça a título de exemplo.

Vítor Dias conclui, afirmando que “aquela população tem que ter um trabalho social que não existe neste momento”.

 

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