Quem o assegura é a Patrícia, esposa de António Cuco, o empresário alentejano (Reguengos de Monsaraz) que em uma década voltou o mundo do gin português de cabeça para baixo. Aliás, para cima! Pois o panorama do gin nacional, divide-se entre o antes e o depois, da criação do Sharish.
“Nunca nos passou pela cabeça, o sucesso que conseguiríamos alcançar nestes dez anos, nunca” confessa a empresária.
E o que fez a diferença neste gin, qual foi o segredo?
“O segredo? A qualidade!” diz, “a garrafa é bonita e todos os cuidados (estéticos), mas a diferença é verdadeiramente a qualidade do produto, do gin”. Sem a qual, na sua opinião, jamais teriam ganho o desafio.
Quando surgiu o Sharish Gin perguntámos ao António Cuco, onde tinha aprendido a fazer o gin? E a resposta dele, foi: pela internet.” Será possível?
“É possível” ri-se a Patrícia, recordando que “é possível, porque quando vi o meu marido na cozinha lá de casa a experimentar fazer gin na panela de pressão… expulsei-o. Tu rebentas com a casa, fazes um buraco no teto, disse-lhe eu”. E ele lá foi continuar o seu trabalho, para um casão. Foi assim que começou, “foram dez anos de muita aprendizagem”, recorda, “o João e a Joana (os filhos do casal) que também ajudaram, hoje já estão grandes (adultos) e trabalham na empresa”.
O volume de produção anual “ultrapassa as 160 mil garrafas, por entre todos os gins que produzimos. Os nossos produtos não se resumem ao Sharish, mas são sempre gin português, com fruta portuguesa e feito em Portugal (Alentejo), por uma equipa de 16 pessoas”.
Hoje exportam para o mundo, “não lhe sei dizer quantos países são ao certo, mas são de facto muitos”, reconhece Patrícia.