A tosquia de ovinos é uma profissão onde há cada vez menos pessoas a executá-la.
Para isto muito contribuiu aascensão das fibras sintéticas nos anos 80 do século passado e a desvalorização da lã virgem.
No entanto e com o reaparecimento da procura de lã da raça merino para satisfazer as necessidades do mercado têxtil de luxo em crescimento, a Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), teve de recorrer a profissionais oriundos do Uruguai para tosquiar ovelhas num território que vai além da região alentejana.
Recorde-se que tal como a Rádio Campanário noticiou recentemente, as equipas de tosquiadores da ACOS executam todas as fases do processo inerentes à tosquia dos ovinos, nomeadamente a apanha dos animais, a tosquia propriamente dita e o ensaque da lã. A campanha aposta na valorização da lã dos efetivos ovinos dos seus associados. Ao ser vendida de forma agrupada, depois de escolhida e loteada, a lã atinge preços mais elevados no mercado mundial.
O Serviço prestado pela ACOS, de tosquia, concentração e comercialização da lã, integra-se numa parceria com uma cooperativa espanhola com dimensão e experiência consolidada no mercado internacional. Através deste sistema de concentração e escoamento de grandes volumes de lã, a ACOS consegue preços mais compensadores comparativamente aos praticados na venda isolada por cada produtor, refletindo essa vantagem para os produtores aderentes ao serviço.
A criação e aposta neste serviço por parte da ACOS tem como propósitos, entre outros, a prestação de um serviço indispensável ao produtor de ovinos a preços controlados, a obtenção de melhores preços de venda da lã, o envolvimento dos criadores na produção de lã de qualidade e a maior diferenciação da lã por tipos.
A opção pelos tosquiadores do Uruguai, noticia o Jornal Público, tem a ver com o facto de este ser um país que tem uma importante produção ovina, oferecendo um “serviço profissional baseado numa técnica australiana, que aproveita ao máximo a lã e garante o bem-estar animal”.
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