A Ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, presidiu hoje à abertura da 38ª OVIBEJA – a maior Feira de Agro-pecuária do sul de Portugal.
A governante afirmou que os agricultores e o setor agrícola têm passado tempos difíceis, desde a pandemia, agravada por um ano de seca severa e extrema e agora a crise provocada pelo conflito que opõe a Ucrânia à Rússia. “Temos vivido um momento muito duro e marcante com os custos de produção a aumentar, desde os fertilizantes, à energia e as rações para os animais, e tudo é muito preocupante porque põe em causa a segurança do abastecimento alimentar”, afirmou a Ministra.
Maria do Céu Antunes anunciou, em Beja, o adiantamento do pagamento do pedido único, “algo que os agricultores só iriam receber em outubro; vão ser 500 milhões de euros distribuídos por todos os agricultores de Portugal”. A esta medida juntou ainda a isenção do IVA nos fertilizantes e o apoio de 3,4 cêntimos em litro do gasóleo agrícola.
Avança a ministra da agricultura que as exportações agro-alimentares subiram 11% em 2021, porque o setor é resiliente e a produção nacional é de grande qualidade, daí que o seu ministério tudo fará para apoiar esta produção.
Ao Alentejo, a governante veio anunciar 50 milhões de euros para a consolidação do regadio alentejano. A Ministra disse que o governo quer concluir o projeto, pela via do programa nacional de regadios vai aumentar a dotação disponível para concluir o investimento com a área prevista inicialmente. “vamos abrir em maio um aviso para financiar, na integra, a obra com a área prevista inicialmente. O regadio é para o governo uma área de intervenção fundamental”, conclui.
A Ministra disse ainda que “as características do nosso território nos obrigam ao equilíbrio entre o regadio e o sequeiro, bem sabemos que a produção de sequeiro tem que ser ajudada porque não é suficientemente competitiva, mas no Alentejo é muito relevante (nomeadamente a pecuária) daí que devemos fazer coexistir as duas formas, e o governo anunciou mesmo o apoio à construção de charcas, para criar um sequeiro colectivo e sustentável.”