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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Paço Ducal de Vila Viçosa registou mais de 60 mil visitantes, avança Maria de Jesus Monge, mas lamenta que “infelizmente as escolas continuem a vir menos” (c/som)

O Paço Ducal de Vila Viçosa suplantou no ano de 2015, os 41 mil visitantes registados no ano anterior.

Em entrevista à Rádio Campanário, a diretora do Museu Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, Maria de Jesus Monge, avançou à Rádio Campanário que foram ultrapassados os 60 mil visitantes, “foi um ano que consolidou a tendência que já vinha do ano anterior, houve um aumento do número de visitantes, ultrapassamos os 60 mil que era uma meta que já há alguns anos não era possível atingir, estamos satisfeitos com os resultados conseguidos”.

A diretora lamenta que “apesar de haver algumas alterações substanciais no tipo de visitantes que nos procura, infelizmente as escolas continuam a vir menos (…) normalmente são as autarquias que têm que financiar o transporte e sabemos que os últimos tempos não têm sido fáceis, mas por outro lado, tem havido um acréscimo muito significativo de visitantes estrangeiros e é esse acréscimo (…) sobretudo em grupo e durante o verão, que se deve o aumento do número de visitantes”.

Maria de Jesus Monge salienta que o Paço Ducal é a grande atração e mesmo dentro do Paço “temos uma diferença razoável entre os que procuram também outros núcleos”.

Relativamente ao Museu dos Coches, “foi um ano complicado (…) mas felizmente durante o verão recuperou quando as pessoas se deram conta que a coleção estava muito bem reconstituída e continuamos a ter um número de carros muito importante e bem expostos”.

Quando questionada, a diretora do Museu Biblioteca da Fundação da casa de Bragança refere que o número de viaturas do Museu dos Coches “está sempre em constante mudança, saíram 23 carros, foram incorporados mais 16 e este número está sempre em plena transformação (…) no mês passado obtivemos por parte dos CTT e da Fundação Portuguesa de Comunicações, que a Mala-posta que aqui esteve numa exposição temporária vai ficar, pelo menos, durante um ano, é um número que está em constante mudança e em crescimento, não para menos e sempre para mais, temos cerca de 70 carros e de um momento para o outro este número pode ir subindo (…) consoante o que vamos conseguindo negociar”.

No que concerne às exposições, diz que devido às características do espaço, “as visitas às exposições temporárias estão incluídas na visita ao próprio Paço Ducal, não temos números autónomos para exposições, o que sentimos é que enriquecem muitíssimo o percurso e dá uma visibilidade à visita ao Palácio (…)”.

Já no Castelo e com o objetivo de dar maior dinamização à coleção de arqueologia, tivemos uma parceria (…) que nos trouxe uma exposição monográfica de José Leite Vasconcelos, uma figura de renome, ancora (…) que tem um episodio importante relacionado com Vila Viçosa e a Igreja dos Agostinhos, no âmbito dessa exposição foi possível contar com a colaboração imprescindível da Câmara Municipal de Alandroal, não só através do empréstimo de uma peça, mas também através de uma visita aos espaços do Endovélico (…) foram exposições que tiveram ligação às temáticas que procuramos promover e acabaram por ter um grande sucesso”.

O ano de 2016 começou “com duas exposições no exterior, nós não só produzimos conteúdos e trabalhamos para mostrar o património da Casa de Bragança aqui em Vila Viçosa mas também fora, e dentro dessa lógica abrimos uma exposição na Fundação Calouste Gulbenkian sobre os livros do Rei D. Manuel II (…) e também no Palácio Nacional da Ajuda, uma exposição que foi feita através do nosso acervo do arquivo fotográfico sobre a rainha D. Amélia (…) essa exposição será inaugurada no Paço Ducal de Vila Viçosa no final da próxima primavera (…)”.

Maria de Jesus Monge realça que este ano “continuará a aposta na música, no ciclo de concertos que já vêm sendo habituais há mais de 15 anos (…)”.

A aposta para 2016 poderá passar também por continuar com as atividades no Castelo e na Igreja dos Agostinhos, “de ano para ano vamos variando, a oferta que nós conseguimos proporcionar é em função das propostas mais ou menos interessantes que nos vão fazendo (…) e continua a publicação de temas relacionados com a Casa de Bragança”, avançando, “teremos agora em 2016, um livro que há muito tempo fazia falta e que é um estudo sobre a Igreja dos Agostinhos que está a ser realizado por um dos maiores especialistas em arquitetura religiosa do séc. XVII em Portugal (…) e ao mesmo tempo continua a nossa colaboração com instituições universitárias (…)”.

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