O Paço Ducal foi o cenário escolhido para o lançamento do livro “Amélia de Leuchtenberg: Imperatriz do Brasil | Duquesa de Bragança”, uma obra da autoria de Cláudia Thomé Witte. A rádio Campanário esteve presente no evento e teve a oportunidade de conversar com a autora sobre este dia marcante.
Cláudia Thomé Witte partilhou a sua satisfação: “Hoje é um dia muito especial. Estou muito feliz por lançar este livro sobre a Imperatriz Dona Amélia, uma figura ligada à história desta cidade e à fundação da Casa de Bragança, que me apoiou na publicação deste trabalho juntamente com a Direção de Cultura do Alentejo.”
A autora explicou a importância de Dona Amélia como um elo entre Portugal e Brasil, destacando o seu papel na história comum dos dois países e a sua conexão com as famílias reais tanto brasileira quanto portuguesa. Dona Amélia, que passou os anos de exílio adolescente na França, optou por residir em Portugal desde 1833, recusando convites para retornar ao Brasil e até mesmo para viver em propriedades que possuía na Baviera.
Sobre o processo de escrita da biografia, Cláudia revelou que o livro foi fruto de duas décadas de pesquisa meticulosa, que incluiu visitas a cinquenta arquivos em dez países diferentes, como a Biblioteca Nacional de Lisboa e do Rio de Janeiro, o Arquivo Nacional no Brasil, a Torre do Tombo em Portugal, entre outros em países como Alemanha, Suécia, Suíça e Itália. “Foi um trabalho quase que uma missão, realizado paralelamente ao meu trabalho como professora de alemão no Brasil. Só ao chegar a Portugal decidi compilar esses 20 anos de pesquisa em um livro, para que a narrativa fosse acessível a todos”, disse.
Além disso, Cláudia Thomé Witte já antecipa seu próximo projeto, inspirado nas descobertas feitas durante a pesquisa: “Agora quero me aprofundar mais na história da filha dela, a princesa Dona Maria Amélia, durante a estadia dela na Ilha da Madeira.”
Este lançamento não só enriquece o panorama literário sobre a história luso-brasileira, mas também promete trazer novos insights sobre figuras históricas menos exploradas, conectando ainda mais as culturas de Portugal e do Brasil através das gerações.
