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Passos Coelho foi recebido em Évora por manifestantes

Foto: D.R.Pedro Passos Coelho esteve ontem, 24 de junho, em Évora, acompanhado pelo Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, numa visita às fábricas da construtora aeronáutica Embraer. No Parque da Indústria Aeronáuica de Évora estavam algumas dezenas de pessoas, algumas delas com bandeiras da CGTP e da Fenprof, que esperavam os governantes para manifestar o descontentamento com o Governo Português. “Está na hora de o governo ir embora”, “É preciso, é urgente, correr com esta gente” e “É preciso mudar de política e de governo” foram algumas das palavras que se fizeram ouvir, ainda que a PSP tenha mantido os manifestantes a uma distância considerável da sede da empresa brasileira.

Depois de terminada a visita às unidades fabris, o Primeiro-Ministro falou aos jornalistas para realçar o projeto da Embraer na cidade alentejana, que integra “um conjunto de fornecimentos que está a ser alargado por um número muito elevado de empresas de base portuguesa”, o que significa que “existe uma parte de valor acrescentado para a própria indústria nacional e para o mercado português”.

Frederico Curado, presidente da Embraer, também falou aos órgãos de comunicação social, realçando que a empresa está “num processo de crescimento de produção e de contratação de pessoal”, prevendo-se um crescimento constante até 2015.

Atualmente as duas fábricas na cidade eborense empregam 120 pessoas, mas até ao final do ano devem aumentar para 180. Dentro de dois anos, as previsões são de 600 postos de trabalho.

 

Em Évora, Passos Coelho falou também da atualidade nacional. Sobre as confederações patronais que reclamam um alívio fiscal, de forma a fazer face à crise, o governante disse que o país está a ultrapassar um momento de “emergência financeira séria”, que coexistiu com um segundo momento que “será agora aprofundado”, o que implica “transformações do lado da economia e do lado das instituições públicas”. Um terceiro momento está também agora a começar, disse Passos Coelho, salientando que o Governo poderá agora “apostar no investimento e na criação dos empregos”. Sobre “o guião para a reforma do Estado”, o documento será apresentado ao país “dentro de muito pouco tempo”, depois de aprovado numa próxima reunião do Conselho de Ministros.

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