O Festival Terras Sem Sombra celebra também a cultura, o património e a biodiversidade dos municípios por onde passa. Nos dias 18 e 19 de setembro, o litoral odemirense foi o palco de todas as atenções, conforme divulgado pelo município de Odemira.
“Guardião do Rio Mira: O Forte de São Clemente” foi o mote para um passeio pelo património de Vila Nova de Milfontes, na tarde sábado, com os historiadores António Martins Quaresma e José António Falcão. Uma verdadeira aula de história onde não faltaram as lendas associadas à foz do Mira e a religiosidade da povoação. O Forte de São Clemente, construído entre 1599 e 1602, para defesa dos ataques corsários, é um Imóvel de Interesse Público atualmente em mãos privadas. Este foi o ponto de partida para a antiga Estalagem (século XVII) e para a Igreja Matriz de Nossa Senhora e da Graça. A visita terminou na Ermida de S. Sebastião.
Na manhã de domingo, a já habitual ação da Biodiversidade do festival foi dedicada à atividade piscatória no concelho, com as devidas explicações do historiador António Martins Quaresma, do técnico municipal António Jorge Campos e do pescador Fernando Manuel. No Portinho de Pesca do Canal ouviram-se atentamente as explicações sobre a difícil vida do mar, o valor do pescado e as condições de trabalho de uma arte antiga que faz jus à tradição e ao respeito pelo equilíbrio homem/natureza.
O Cabo Sardão e o seu Farol foram outro ponto de paragem, onde se percebeu a importância deste local não só na geografia mas também na história. A 17ª temporada do Terras Sem Sombra terminou sobre a proteção de Nossa Senhora do Mar, com vista para o portinho da Entrada da Barca.
De junho a setembro, o festival passou por 10 concelhos de todo o Alentejo, deu visibilidade ao seu património e apresentou conceituados artistas internacionais na área da música erudita, em atividades gratuitas, com o apoio da Direção-Geral das Artes e dos respectivos municípios.