Paulo Sobral é natural de Alcácer do Sal. Apesar de desenvolver a sua atividade de Agricultor num distrito diferente aquele onde se situa a Fronteira do Caia, fez questão de marcar presença no Protesto que ocorreu esta quinta-feira e que que bloqueou a circulação nesta Fronteira Alentejana e que dá acesso ao País vizinho- Espanha.
Foram milhares os Agricultores e tratores que hoje estiveram na rua e que paralisaram vias, pontes, autoestradas e fronteiras, exigindo valorização para o setor da Agricultura e apoios para os Agricultores, num protesto de âmbito nacional organizado pelo Movimento Civil de Agricultores.
Associou-se ao protesto, explica-nos “para dar força aquilo em que os Agricultores acreditam” frisando que “a Agricultura em Portugal tem sido desprezada durante um largo período.” Esta ação pretende precisamente “inverter essa situação e que o Governo olhe para os Agricultores com outros olhos.”
Na Agricultura há 15 anos , Paulo Sobral destaca “a perca de rendimentos nos últimos anos , das ajudas compensatórias” em contra-ciclo com o aumento dos custos de produção verificado.
Exemplifica com o seu caso pessoal dizendo “há 25 anos vendia um quilograma de carne por 750 escudos e hoje continuamos a vender o quilo por 3 euros, com uma inflação muito superior.” No que di respeito aos cortes anunciados para a Agricultura Biológica de 35% e de 25% na produção integrada e o pacote de apoios de mais de 400 milhões de euros anunciados pelo Governo refere “queremos ver esses apoios na prática e não de boca”.
“Queremos que as pessoas sejam honestas connosco, como nós somos e que os responsáveis passem à prática e que efetivassem o que dizem” concluiu Paulo Sobral que apesar das dificuldades se vai mantendo num setor onde existem cada vez mais dificuldades, sobretudo para o pequeno/médio agricultor.