Pedro Ramalho é o Árbitro do Ano da Associação de Futebol de Évora na época 2014/2015.
O jovem árbitro pertence aos quadros da AFE e é filiado no Núcleo de Árbitros de futebol da Zona dos Mármores “Prof. Jorge Pombo”.
Natural da freguesia de Terrugem (Elvas), Pedro Ramalho alcançou o tão desejado galardão, ocupando o primeiro lugar na classificação geral da Categoria C3a, indo agora frequentar a Formação Avançada de Árbitros, de 19 a 26 de junho de 2015, a fim de alcançar o principal objetivo e entrar na categoria C3N2, ou seja, Estagiário da Categoria C2.
Uma distinção que o jovem árbitro considera ser “o resultado de muito trabalho e dedicação”, porque “nesta zona do país a arbitragem é um bocado complexa e complicada, estamos longe dos grandes centros de decisão e nos jogos de primeira categoria, infelizmente, o interior não tem lá árbitros ou se tem é um ou dois e sofremos um bocadinho com isso, mas temos que lutar e este ano oxalá consigamos colocar um árbitro aqui do nosso distrito na primeira categoria”
Pedro Ramalho que exerce a atividade há oito anos, tem como referencias Pedro Proença, José Pratas, Paulo batista e Soares Dias, quando convidado a argumentar e a convencer um jovem a entrar na arbitragem, diz que “é um bichinho que entra dentro de nós e é difícil sair, eu entrei na arbitragem porque gostava de futebol, não tinha jeito para dar toques na bola e decidi enveredar por esta carreira”.
Aos jovens deixa um concelho, “quanto mais cedo se entrar para a arbitragem mais fácil é subir, porque agora o Conselho de Arbitragem da Federação quer árbitros mais jovens para renovar o quadro que está envelhecido”.
Quando questionado sobre uma atividade tão contestada e muitas vezes criticada, Pedro Ramalho refere que “não é um jogo de futebol se não criticarem o árbitro, está incutido na cultura portuguesa e obviamente que um jogo tem essas características, muitas vezes os adeptos de futebol não tem conhecimento das leis de jogo e impera o fanatismo e cada pessoa torce pelo seu clube e o principal visado é quem lá anda de preto, e neste caso é o árbitro, a tomar as suas decisões em frações de segundos”.
“Quando se entra para o terreno de jogo, sabemos que vamos errar, eu sei que quando vou apitar um jogo vou ter que tomar 200 ou 300 decisões e é quase impossível essas decisões serem todas corretas, o que tentamos fazer sempre é errar o menos possível para que a verdade desportiva seja imperada”, refere.