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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Peregrinos de Évora: “Sou peregrino mas trago na mochila a GNR; Não nos despimos dos valores que jurámos defender” diz  Coronel Rogério Copeto(c/som)

 

Fé, esperança, gratidão, partilha, espírito de ajuda e de sacrifício.

Qualquer um destes motivos é, por estes dias, utilizado pelos milhares de Portugueses que peregrinam nesta altura em direção ao santuário de Fátima.

Maio é o Mês de Maria e o dia 13 de Maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, um dos dias mais importantes para a igreja católica.

Ser peregrino de Fátima não escolhe idade, sexo ou profissão.

Do Alentejo partiram dezenas de Grupos de Peregrinos organizados para percorrerem quilómetros, os necessários para cumprirem a missão a que se propuseram: a sua missão de vida, para muitos.

No Grupo de Peregrinos de Évora, criado em 2019 como apoio dos Salesianos de Évora, está o Coronel da GNR Rogério Copeto.

Rogério Copeto foi comandante dos Destacamentos Territoriais da GNR  de Fronteira, Estremoz e Évora e mais recentemente segundo-comandante e porta-voz do comando da GNR de Évora.

A Rádio campanário falou com o Coronel Rogério Copeto sobre a sua motivação para fazer esta peregrinação.

O Coronel começa por nos referir “Eu acredito que peregrinar é diferente para cada um de nós, cada um leva os seus motivos e as suas razões, que fazem uns fazerem 200 kms, outros mais, outros menos” acrescentando que fica quase sempre fascinado porque “olho para o género feminino, que à partida têm alguma fragilidade e conseguem este evento que é percorrer 200 ou 300 kms a caminho de Fátima com uma motivação enorme.”

Conta-nos que em 2019, fez pela primeira vez dois percursos integrado na Peregrinação deste Grupo de Évora, onde a Esposa estava inserida mas foi em 2022 que fez a sua primeira peregrinação a pé “eram 16 senhoras e dois homens, eu e um outro e elas foram para mim um exemplo que não sei explicar como conseguiram fazer das fraquezas força e fazer 200 kms de Évora até Fátima.”

É peremptório em afirmar “isto é um vício que não se explica, cada um de nós tem a sua motivação, uns é para pagar promessas, outros por ação de graças, outros por meditação, todos nós temos a nossa razão” explicando que no Grupo de Peregrinos que integra “partilhamos uns com os outros o que nos move.”

Para o Coronel Rogério Copeto, é uma experiência única “temos que vir, experimentar; apesar das dificuldades, o calor, as bolhas nos pés, o cansaço, em Fátima tudo passa e tudo se esquece.”

Questionado se na sua opinião este é um caminho de fé refere “sim é sobretudo um caminho de Fé, da Fé que todos temos em Nossa Senhora de Fátima, cada um com as suas motivações.”

O Coronel da GNR Rogério Copeto realça ainda que “esta Fé em Nossa Senhora de Fátima é uma coisa muito nossa, muito portuguesa porque nós, nestes caminhos, em que nos encontramos com milhares, não há estrangeiros, são todos portugueses e não se vê lado em nenhum isto.”

“Os caminhos de Fátima são nossos,  com esta dureza acrescida do calor, de ser muito alcatrão,  e também dos perigos de circular na estrada” refere-nos ainda.

Por estes dias é Peregrino mas na sua mochila transporta a sua profissão, o seu amor e dedicação à Força de segurança que representa.

O Coronel Rogério Copeto destaca que “  a minha missão é levar o Grupo ao nosso destino em segurança” explicando que “ pedimos apoio à GNR no âmbito da Operação Peregrinação Segura 2023 e eles acompanham-nos o que faz toda a diferença, alertando ainda para a necessidade de utilização de colete refletor e restantes requisitos de segurança” deixando ainda o conselho para que todos os grupos peçam este apoio.

Sorri e diz “não consigo despir a farda  de profissional da GNR  e o meu objetivo é chegarmos a Fátima em segurança”.

Na sua mochila, conta-nos traz “a GNR, o País , a sua segurança e a Paz,  valores que qualquer militar tem incluído no seu ADN”. 

“Somos seres humanos de mão cheia com princípios e valores e de ajuda ao outro e não nos podemos despir deste papel nunca porque esta é a nossa profissão e porque jurámos dar a nossa vida pelo outro e pelo nosso país” sublinha ainda Rogério Copeto.

O Coronel realça ainda que, tal como tem comprovado, por norma “em todos os  grupos de peregrinos estão  militares da GNR.”

Faz parte de nós  “ ajudar o outro e eu trago na bagagem ajudar o meu grupo, maioritariamente de mulheres para que cheguem a Fátima com sorrisos, alegrias, lágrimas e muitas palmas” realçou ainda o Coronel Rogério Copeto que terminou deixando uma  palavra de apreço para a mentora do grupo , Elsa Lima , que desde o primeiro momento “trata de todos nós.”

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