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Segunda-feira, Setembro 16, 2024

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Piloto de helicóptero descreve desvio para evitar ave antes de queda fatal no Douro.

O piloto do helicóptero que se despenhou no rio Douro relatou ter avistado, pouco antes do acidente, “uma ave de médio porte” na trajetória do voo, o que o obrigou a desviar a rota. Contudo, a investigação ainda não conseguiu determinar com precisão o local onde essa manobra foi realizada.

Estas informações foram divulgadas numa Nota Informativa (NI) pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a que a agência Lusa teve acesso. O acidente, ocorrido na sexta-feira, resultou na morte de seis militares da GNR/Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS), que regressavam de um combate a incêndio no concelho de Baião.

De acordo com o GPIAAF, durante o voo de regresso à base de Armamar (Viseu), a aeronave iniciou uma descida constante, sobrevoando a margem esquerda (sul) do rio Douro em direção a Peso da Régua. Durante essa descida, o piloto, que foi o único sobrevivente, relatou ter avistado a ave à mesma altitude, o que o forçou a desviar-se para a direita antes de retomar a rota. No entanto, até ao momento, não foi possível determinar com precisão o ponto em que essa manobra ocorreu.

A investigação indica que, por volta das 11:32, a aeronave, continuando a descida em direção ao rio e realizando uma volta à esquerda, colidiu com a superfície da água a uma velocidade aproximada de 100 nós (185 km/h) por motivos ainda a esclarecer.

Durante o impacto, o piloto e o ocupante do assento esquerdo do cockpit foram projetados para fora da aeronave. As evidências sugerem que o motor estava a funcionar no momento da colisão, mas a força do impacto resultou numa deformação da cabine que foi fatal para os ocupantes. A estrutura do helicóptero ficou comprometida, com parte dos materiais de revestimento a desprenderem-se e a flutuar na superfície, enquanto os destroços restantes afundaram-se a uma profundidade de quatro a seis metros, numa área de aproximadamente 3.600 metros quadrados.

O GPIAAF acrescenta ainda que o helicóptero regressava à base em Armamar após ter sido determinado que a sua intervenção não era necessária, uma vez que o incêndio no concelho de Baião estava já circunscrito, decisão tomada pelo chefe de equipa da UEPS a bordo por volta das 11h30.

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