A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, procedeu, no dia de hoje, e no âmbito de inquérito titulado pelo DIAP Regional de Lisboa, à realização de uma operação policial visando a execução de cinquenta e nove (59) mandados de busca, dos quais vinte e nove (29) buscas domiciliárias e trinta (30) buscas não domiciliárias, visando a recolha de elementos probatórios complementares e relacionados com suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas, sob investigação.
Durante a ação que se desenvolveu em Lisboa, Porto, Alter do Chão, Almada e Comporta, procedeu-se ainda ao cumprimento de cinco (5) mandados de detenção fora de flagrante delito e à constituição de dezanove (19) arguidos.
A operação em causa, designada «Tempestade Perfeita», contou com a colaboração de diversas Unidades Nacionais, Diretorias, Departamentos de Investigação Criminal e Unidade de Informação Financeira, para além do apoio da Unidade de Perícia Tecnológica Informática e da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística, da Polícia Judiciária, tendo participado cerca de duzentos (200) investigadores e peritos, para além de um Magistrado Judicial e dois Procuradores da República.
Está em causa uma investigação criminal cujo objeto visa apurar da eventual prática, entre o mais, de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas, por parte de Organismo da Administração Central, a diversas empresas, as quais lesaram o Estado português em muitos milhares de euros.
As buscas agora realizadas visaram a recolha de elementos probatórios de diversa natureza, tendentes ao esclarecimento dos factos objeto de inquérito, tendo-se logrado a recolha de prova pessoal e a apreensão de prova de natureza documental, digital, entre o mais, inerente aos procedimentos de contratação pública em causa.
A investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, após a realização subsequente da análise e dos competentes exames/perícias à prova agora recolhida, prosseguirá visando o cabal apuramento da verdade e a sua célere conclusão.
Os arguidos ora detidos serão presentes ao competente Tribunal de Instrução Criminal, para realização do primeiro interrogatório judicial de arguidos detidos, visando a aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.