Decorreu esta sexta-feira, dia 13 de julho, em Évora, a apresentação do «Balanço de 3 anos de implementação do Plano de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo», iniciativa da CVRA Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.
Francisco Mateus, presidente da CVRA, em declarações à Campanário, faz um balanço “excecional”, afirmando que haver grande adesão dos produtores que “ao fim de três anos, já percorreram um terço do caminho”.
O dirigente aponta que o plano tem tido impacto inclusive em produtores que ainda não aderiram, que “vão aprendendo com o vizinho do lado”.
Dentro de cerca de 15 anos, espera “podermos olhar para o Alentejo dizer que temos uma região sustentável” no que concerne à produção de vinhos.
Os produtores aderentes ao plano têm na sua adega uma placa que os identifica como membro deste programa de sustentabilidade.
O plano conta atualmente com 158 agentes económicos, dos quais 130 viticultores. O dirigente da CVRA reconhece que “é uma parte ainda pequena do número de viticultores que temos no Alentejo”, contudo, contempla maioritariamente os produtores com mais área. O desafio que se impõe agora, é trazer ao plano os produtores de pequenas áreas, que surgem geralmente como pessoas com mais idade.
Em declarações à RC, João Barroso, responsável pelo projeto na CVRA, destaca da implementação deste plano “o controlo nos consumos da água” e a “gestão de energia”.
Aponta ainda a comunicação e partilha de informação entre produtores que é mais facilmente apreendida quando oriunda de um par, do que “do que num consultor ou professor”.
Relativamente a balanços da poupança já conseguida nestes 3 anos, não tendo ainda dados oficiais, aponta que poderão estar entre os 20% em poupança de água e 30 % em poupança de energia, ambos com potencial de chegar aos 50%.
Mais destaca que “o período de retorno é baixíssimo”, de um investimento já por si irrisório.
O dirigente aponta a transversalidade do plano, nomeadamente na promoção da biodiversidade, na proteção dos ecossistemas e no envolvimento das comunidades.
Simultaneamente, enquanto permite uma poupança de recursos, proporciona uma poupança nos custos.
Os conceitos de poupança e sustentabilidade podem ser usados fora do espaço da vinha e da adega, nomeadamente nas casas dos funcionários que os adquirem.
{gallery}evora_psva_2018{/gallery}