Na Revista de Imprensa desta sexta-feira, dia 19 de maio, contámos com o comentário do Eurodeputado José Gusmão do Bloco de Esquerda.
Os temas abordados no dia de hoje foram: as audições na Comissão Parlamentar de Inquérito a Francisco Pinheiro, Eugénia Correia e o Ministro das Infraestruturas e o Governo aprova proposta unilateral de progressão na carreira dos Professores e os Sindicatos reagem dizendo que são migalhas.
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado do BE, José Gusmão, começou por referir “eu penso que há dois comentários em que todo este processo é extraordinariamente degradante para a democracia” acrescentando “João Galamba apresentou a demissão e António Costa não a aceitou mas se Galamba quisesse poupar esta degradação na política teria mantido a sua demissão.”
Para o nosso comentador “há aspetos nesta história que nós nunca vamos conseguir apurar, há várias versões, há contradições do Ministro das Infraestruturas consigo próprio, há contradições entre o Ministro e a sua Chefe de Gabinete e o que se pode dizer é que a história que este Ministério apresenta dos acontecimentos tem muito pouca credibilidade.”
“A ideia com que se fica é que havia pouca vontade de divulgar informação relevante à Comissão de inquérito “ acrescenta ainda lamentando que “o mais grave é que todo o País está a discutir estas histórias rocambolescas em vez de estar a discutir aquilo que é realmente importante.”
No que diz respeito ao segundo tema, o Eurodeputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, refere “não houve, neste processo, nenhuma negociação” acrescentando “neste processo existem também responsabilidades muito importantes do Ministro das Finanças.”
Para José Gusmão, em algumas situações que se prendem com a escola pública e com o Serviço Nacional de Saúde, “a verdadeira responsabilidade do que não está a ser feito é do Ministro das Finanças que para cumprir outras regras , regras que Portugal é neste momento o único país em toda a União Europeia a cumprir, está a presidir à destruição do SNS e da Escola Pública.”
“Os problemas vão continuar enquanto não se encontrar uma solução para as carreiras destes profissionais que permita que não tenhamos as carências que são visíveis, uma política trágica para o País, onde o barato sai mais caro” sublinhou ainda o Eurodeputado.
José Gusmão conclui referindo que ”temos um Primeiro Ministro que passa a vida a dizer que o futuro da economia do nosso país passa pelas qualificações, ora sem Escola pública não há qualificações."