Na rúbrica de hoje foram abordados os seguintes temas: a polémica do Caso João Galamba e as audições em sede de Comissão Parlamentar de Inquérito ao ex-adjunto Frederico Pinheiro e Chefe de Gabinete Eugénia Correia e a nova Lei do tabaco.
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado do CDS-PP começou por referir “contradições à parte, eu olho para aquela novela da Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP e vejo a total decadência de uma república que neste momento já não permite o velho adágio que exemplos vêm de cima, pelo menos os bons.”
Para o Eurodeputado “apagões, insultos, ameaças, agressões, utilização do SIS contra a lei, concertação e encenação de respostas em comissões de inquérito, é tudo demasiado mau para poder ser verdade” realçando que, no que tem a ver com a utilização do SIS “está em causa, perigosamente, o Estado de Direito porque um serviço de informação e aquilo que eu começo a ver com a atuação do SIS é uma coisa própria, uma polícia política, sem escrutínio” explicando que , nos termos da Constituição “estes serviços não podem interferir na vida dos cidadãos.”
“A simples manutenção de João Galamba no cargo mostra, para além do mais, amor próprio à parte, que a ambição pessoal e a falta total de estatura neste momento prevalecem sobre o interesse do Estado e isso é lamentável” referiu ainda o nosso Comentador.
A propósito da audição do Ministro das Infraestruturas João Galamba, agendada para hoje, assim como o facto de o Ministério estão a investigar o que se passou neste Ministério, Nuno Melo referiu “quando as versões são opostas, há alguém que mente ; independentemente disso o espetáculo do Ministério das Infraestruturas é tão triste que a única solução possível , se é que esta não é uma República das bananas, é que o Ministro saia para salvaguarda da imagem, não do PS ou do Governo, mas sim do Estado.”
Relativa à nova Lei do Tabaco, o Eurodeputado Nuno Melo realçou “esta nova Lei é mais uma anedota do compêndio que se vai desenrolando à frente dos nossos olhos há cerca de um ano” explicando “temos um País que aligeira no consumo das drogas, que liberaliza e que depois restringe para quem queira fumar uns cigarros , ao ponto de quem queira comprar cigarros, ter que fazer quilómetros e quilómetros para isso.”
Nuno Melo conclui “temos um Estado paternalista que nos diz o que devemos ler, o que devemos pensar , o que devemos dizer, o que devemos comer e já agora também se podemos fumar. Há quem goste...eu sinceramente não gosto, sinto-me asfixiado por tudo o que isto significa.”