A Quercus tem vindo a manifestar-se contra os avanços da primeira exploração petrolífera do Alentejo alegando que o négocio de concessão realizado entre o Governo,Galp e a ENI poderá ter consequências catastróficas.
A associação ambiental quer impedir o arranque da exploração on e offshore que vai ter lugar a 80 quilómetros ao largo de Sines, nas águas profundas do Alentejo.
Em entrevista à Rádio Campanário, o representante da Organização Não Governamental de Ambiente, Fernando Dias, fala sobre o impacto negativo que pode advir deste poço exploratório ,defendendo que “ este primeiro furo que em princípio funcionará na óptica da pesquisa poderá afetar irreversivelmente os ecossistemas bem como as diversas espécies marinhas”. Acrescenta ainda que “ poderá ocorrer um derrame de petróleo com efeitos avassaladores semelhante ao que ocorreu na costa da Galiza”.
Para o ambientalista “ é impensável iniciar a perfuração sem que seja realizado um estudo sobre o impacto ambiental desta investigação , sem que este assunto seja discutido a nível nacional e na esfera pública”.
Segundo Fernando Dias “ este tema suscita questões não só de âmbito ambiental mas também sócioeconómico visto que o turismo e atividade petrolífera não se conjugam”.
Instado a comentar os estudos disponíveis sobre esta matéria , revela que “ não há em Portugal qualquer termo de comparação que nos permita determinar os impactos ambientais desta pesquisa, poderemos apenas analisar esta realidade sob a perspectiva de outros países“.
A esta Estação Emissora o entrevistado assegurou que “ nem o governo pode garantir que não haja um desastre ambiental , nem a Galp e a Eni visto que celebraram um negócio sem estarem cientes dos riscos subjacente a uma exploração deste género”.