“Cenário caótico”. É esta a avaliação feita pelos produtores de ovelhas de Estremoz à medida que o vírus da “língua azul” vai ganhando terreno na região e dizimando rebanhos. O Agrupamento de Defesa Sanitária de Estremoz (ADS) garante que os prejuízos são “incalculáveis” e anseia que a temperatura baixe para “matar o bicho”.
Quem o diz é Gonçalo Fernandes, da ADS, após uma sessão de esclarecimento que juntou dezenas de produtores em Estremoz, tendo procurado passar a ideia de que é importante “notificar” todos os casos de febre catarral que vão surgindo nas explorações.
“É a forma de fazermos a informação chegar ao Governo e à União Europeia. É fundamental que o Governo tenha a noção do que se está a passar. Está em causa uma doença com grande transmissão e que não tem tratamento”, assinalou o dirigente que fica a aguardar pelo um “natal gelado” para que o mosquito transmissor da doença morra. “O problema não vai desaparecer, porque para o ano estará cá outra vez”.
E quanto a vacinar ou não? Cabe aos produtores dirigirem-se aos veterinários para avaliarem se as explorações, em determinado momento, têm reunidas as condições para vacinar os efetivos.